Apesar de ter avançado 0,8% em agosto, ante julho de 2019, a produção industrial registrou queda de 2,3%, na série sem ajuste sazonal, em relação ao mesmo mês do ano passado. A produtividade da indústria também mostrou recuou 5,9% e 2,5% nos meses de junho e julho, respectivamente, na comparação anual.
A alta mensal, de 0,8%, interrompe três meses consecutivos de retração da indústria brasileira e foi resultado do aumento dos bens intermediários, que teve avanço de 1,4%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira (1/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção dos outros grupos da indústria registraram queda: Bens de Capital recuou 0,4%; Bens de consumo 0,7%; Bens duráveis 1,8%; E bens semi-duráveis e não duráveis 0,4%. De acordo com o IBGE, dos 26 ramos pesquisados, 10 tiveram crescimento na produção. No mês anterior 11 setores registraram queda.
No acumulado de 2019, o setor industrial registra perda de 1,7%, o mesmo número que o acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores.
A produção industrial é um dos principais termômetros para a avaliação do desempenho da atividade econômica. Segundo o boletim Focus do Banco Central, o mercado financeiro projeta um cenário de estagnação para a indústria em 2019, com queda de 0,06%. Para Produto Interno Bruto, a expectativa se mantém em alta de 0,87% há quatro semanas.