postado em 02/10/2019 04:13
Um dia após o Bradesco acompanhar o movimento do Itaú e reduzir suas taxas de juros do crédito imobiliário, o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Eduardo Aroeira, afirmou, em entrevista ao programa CB Poder ; uma parceria do Correio e da TV Brasília ; que o momento é bom para a compra de imóveis. ;Os dados que temos trazem muita confiança de que a hora é boa, e de recuperação do mercado. Não é aquele boom que tivemos há vários anos (2010/2011), que não foi sustentável, mas acreditamos em um crescimento sustentável do mercado;, disse.
Segundo o presidente da Ademi-DF, a recuperação do setor imobiliário na capital pode se traduzir na geração de cerca de 110 mil empregos diretos e indiretos na construção civil. ;Enquanto, em 2018, tivemos R$ 1,24 bilhão acumulados em lançamentos, até julho de 2019, já são R$ 1,28 bilhão, e acreditamos que vamos chegar nos R$ 2,4 bilhões até o fim do ano;, disse. Aroeira explicou que lançamento ainda não é obra, mas compromisso com empreendimentos que, naturalmente, se converterá em construção de edifícios e emprego. Pelos cálculos dele, os resultados desses compromissos devem aparecer a partir do próximo semestre. ;Em seis meses, eu acredito que a gente vai começar a sentir isso nos índices de empregabilidade do DF.;
;Com relação à nossa pesquisa de velocidade de vendas, a gente verifica que, para o mês de julho, nosso último número, a gente tem o índice de 6,1%. A Ademi considera 5% o ideal. Em 2018, vendemos 1.761 unidades no ano inteiro. Até julho deste ano, já comercializamos aqui no DF 2.165 unidades. Isso equivale à soma de 2017 e 2016.;
A procura por imóveis novos, segundo o presidente da Ademi, incrementou o volume e a velocidade das vendas em setores com construções de maior valor. ;O investidor de alto padrão geralmente sabe fazer conta financeira e o maior impacto ocorreu no Setor Noroeste. A atratividade da renda fixa realmente está muito ruim por conta da taxa Selic baixa, então, várias dessas pessoas já estão identificando o imóvel como o melhor investimento para o momento;, esclareceu.
Juros
As taxas do crédito imobiliária vêm baixando desde agosto, quando a Caixa Econômica Federal anunciou uma nova linha atrelada da inflação, com juros entre 2,95% e 4,95% ao ano, sem abandonar a que cobra entre 8,5% e 9,75% ao ano mais TR. Na última sexta-feira, foi a vez do Itaú baixar a taxa para o financiamento de imóveis para a partir de 7,45% ao ano mais TR. E, na segunda-feira, o Bradesco fez o mesmo. Reduziu os juros da modalidade para a partir de 7,3% ao ano + TR, a menor até agora. Até então, a taxa mais baixa era do Santander, que oferecia financiamento a 7,99% TR.