Anna Russi
postado em 03/10/2019 21:08
Após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que haverá acordo entre as duas casas do Congresso Nacional para a divisão dos recursos excedentes da cessão onerosa.
;Cessão onerosa a gente vai resolver. Já falei com o Davi (Alcolumbre) mais cedo, vou conversar com ele a noite. Vamos fazer uma construção em conjunto sobre a liderança dele para que a gente possa aprovar o texto na Câmara e, se Deus quiser, encaminhar a promulgação;, disse.
A pauta do encontro entre os dois foi a agenda econômica. Para Maia, os próximos projetos que serão encaminhados pelo governo ao Congresso são fundamentais. ;A gente espera que possam chegar logo à Câmara e ao Senado;.
Maia, no entanto, disse que a solução inicialmente sugerida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, de uma medida provisória para garantir essa divisão parece ;inviável;.
;Tecnicamente, não sei se é viável. Uma medida provisória parece uma certa incoerência do que se fez e do que se quer. Não consegue resolver em uma MP a questão do Orçamento;, ponderou.,
Privatizações
O presidente da Câmara dos Deputados afirmou ser a favor da privatização de algumas estatais, como a Eletrobras e os Correios. Na avaliação dele, o custo de administração de pessoal da estatal de energia, por exemplo, prejudica o Estado brasileiro, já que é mais caro que a média do custo de mão de obra do setor. ;Isso gera um prejuízo aos recursos da sociedade, que estão concentrados em um controle que o governo tem na Eletrobras. É um caso importante;, opinou.
Ainda de acordo com ele, a estrutura atual dos Correios é ;cada vez menos necessária;. Já em relação à venda da Petrobrás, Maia acha que o ambiente ainda é de restrição. Mas lembrou que o governo vendeu a BR distribuidora e ;não houve nenhuma manifestação ou problema, nada relevante;.
Na visão dele, a privatização é um movimento que vai crescendo e se espalhando gradualmente. ;Acho importante que, em cada privatização, o governo mostre ter uma narrativa que explique para a sociedade o porque a gestão pública tem sido pior pro cidadão do que se tivesse na mão do setor privado;, defendeu.