Agência Estado
postado em 08/10/2019 10:14
O dólar iniciou a sessão desta terça-feira, 8, com viés de alta, em meio a promessas de retaliação bilaterais por parte dos governos da China e EUA, antes da retomada das conversas marcadas para quinta-feira (10). Mais cedo, no entanto, o dólar perdeu força e passou a exibir baixa ante o real, acompanhando em parte a desaceleração dos sinais da moeda americana no exterior em relação a outras divisas emergentes ligadas a commodities.
Além disso, há pouco, a divisa dos EUA contra rivais e os juros dos Treasuries aprofundaram a queda, reagindo ao índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, que mostrou queda inesperada tanto do indicador cheio quanto do seu núcleo, que exclui itens voláteis, em setembro. O dado eleva expectativas pela fala do presidente do Fed, Jerome Powell, à tarde, num contexto de afrouxamento monetário global.
No mercado doméstico, segundo um operador de câmbio, alguns investidores passaram a reduzir posições compradas também se antecipando à perspectiva de ingressos de capitais estrangeiros de investidores interessados em participar de ofertas de ações na B3.
O processo de abertura de capital da joalheria Vivara, que vai estrear na B3 nesta quinta-feira, tem previsão de captar até R$ 2,4 bilhões, quando considerados os lotes adicionais de ações. A varejista C segue também com seus planos de abertura de capital e sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) poderá movimentar até R$ 2,2 bilhões, considerando a venda de todos os lotes extras. A estreia da C na B3 está marcada para o dia 28 deste mês. O BMG também trabalha para estrear na B3 neste mês.
No radar está ainda a reunião de governadores, da qual podem participar os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para tentar um acordo que possa destravar o impasse da cessão onerosa. A questão virou moeda de troca para a aprovação do segundo turno da reforma da Previdência no Senado.
O edital do megaleilão do pré-sal está na pauta da sessão pública do Tribunal de Contas da União (TCU) desta quarta-feira (9) e o leilão do óleo excedente da cessão onerosa está marcado para o dia 6 de novembro. Embora a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) tenha publicado o edital em 6 de setembro, o TCU ainda precisa aprová-lo e sugerir alterações. O bônus de assinatura do leilão é de R$ 106,5 bilhões. Desse total, a Petrobras ficará com R$ 33,6 bilhões e a divisão do restante dos recursos é objeto de disputa entre Senado e Câmara.
Às 9h37 desta terça, o dólar à vista caía 0,26%, aos R$ 4,0940. O dólar futuro de novembro recuava a R$ 4,1015 (-0,29%).