Jornal Correio Braziliense

Economia

Rial: Santander deve elevar sua carteira de crédito em 10% ao ano até 2022

O Santander Brasil espera entregar crescimento médio anual de 10% em sua carteira de crédito até 2022, de acordo com o presidente do banco, Sergio Rial. Entregar tal variação neste ano significa acelerar a expansão dos empréstimos na segunda metade de 2019. Até junho, a carteira do banco cresceu 7% ante um ano no conceito ampliado e 9,3% sem considerar títulos privados como debêntures e notas promissórias. Um dos motores, conforme Rial, será o crédito consignado, aquele com desconto em folha de pagamentos. "Chegaremos a mais de R$ 40 bilhões em crédito consignado no fim de 2019. Há cinco anos não tínhamos nada neste segmento e vamos continuar crescendo", disse Rial durante evento com analistas nesta terça-feira, o 1º Investor Day do banco no Brasil. O executivo afirmou ainda que o banco mira alcançar um milhão de maquininhas vendidas junto às pessoas físicas por meio da Getnet. Ainda no setor de cartões, o banco, conforme ele, mira o segundo lugar - hoje, é o terceiro. Nos últimos anos, sob o comando de Rial, o Santander repaginou seu posicionamento no setor de meios de pagamentos. Em cartões, o banco ganhou uma posição e subiu à terceira colocação como emissor, ultrapassando o Banco do Brasil e ficando atrás somente de Bradesco e Itaú, na condição de líder. Segundo Rial, o banco deve seguir incrementando o seu portfólio de cartões, o que deve aumentar a presença da instituição e a concorrência neste segmento. Dentre os lançamentos previstos, ele comentou que o banco deve disponibilizar no mercado um American Express, com foco no público de alta renda. "Teremos um leque de cartões do banco cada vez mais completo", resumiu Rial, sem dar mais detalhes. Na área de adquirência, o presidente do Santander disse que a Getnet tem "papel crucial" no crescimento do banco. "Lançamos uma oferta para as pessoas físicas no ano passado e é razoável pensar que teremos 1 milhão de maquininhas na metade do ano que vem", disse ele. A concorrente Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, acaba de bater a marca de 1 milhão de maquininhas vendidas a pessoas físicas, após ter entrado nesse mercado em março de 2018.