Mesmo com a atuação do Ministério Público e de moradores, quatro blocos de exploração do petróleo em Abrolhos, na Bahia, foram mantidos no leilão realizado na manhã desta quinta-feira (10/10) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). O local concentra a maior diversidade marítima do Brasil. O diretor da agência e o ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque afirmaram que não há riscos ao meio ambiente para a exploração no local.
O blocos localizados na bacia de Camumu-Almada seria responsável pelo equivalente a R$ 10,8 milhões do total de R$ 3,2 bilhões que era esperado de arrecadação. Porém, a fatia não despertou interesse dos investidores.
Questionados sobre a relação dos derramamentos de óleo em praias do nordeste, o ministro Bento Albuquerque ressaltou que o produto não veio de exploração brasileira. ;Esse petróleo tem características de determinados poços venezuelanos. A origem é que provavelmente foi uma embarcação de alto mar e acabou vazando. [...] Já existem produções ali próximo e não existe qualquer registro de impacto ambiental;, disse.
Já o diretor da ANP, Décio Oddone, afirmou que a agência está preparada para qualquer eventualidade e que não existe relação com a exploração e produção de petróleo no Brasil. ;[o petróleo derramado] É um petróleo que foi transportado perto da região brasileira. Não podemos usar um caso isolado para usar como exemplo de não dever continuar explorando o petróleo no Brasil. É necessário ter responsabilidade para gerir esses recurso e gerar emprego e renda no país;, afirmou.
* Estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader