postado em 18/10/2019 04:05
[FOTO1]O mercado de trabalho formal gerou, em todo o país, 157.213 empregos com carteira assinada em setembro. Além de ser o melhor setembro desde 2013, é o sexto mês consecutivo de resultado positivo. Também é a primeira vez no ano em que todas as 27 unidades federativas do país registraram resultado positivo na oferta de postos de trabalhos formais.
Os dados divulgados ontem são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. O saldo é o resultado das 1.341.716 admissões e 1.184.503 demissões no período. No mês anterior, o resultado havia ficado positivo, com 121,3 mil vagas formais. No acumulado de janeiro a setembro, 761.776 empregos formais foram gerados. Já na comparação dos últimos 12 meses imediatamente anteriores, o saldo foi de 548.197.
Carlos Alberto Ramos, professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), ressalta, entretanto, que para que essas contratações com carteira assinada se traduzam em uma queda de desemprego, é necessário que haja aumento de vagas formais por mais dois ou três anos.
Ramos explicou que a geração de emprego formal depende do crescimento econômico. ;Naturalmente, dados positivos no Caged indicam avanço na economia, mas a base de comparação com os anos anteriores ainda é ruim por terem sido anos de crise;, esclareceu. Na avaliação dele, a economia tem de avançar, pelo menos, 2%, para que o impacto no mercado de trabalho seja significantivo.
O presidente Jair Bolsonaro, entretanto, fez projeções otimistas para o mercado de trabalho em sua live das quintas-feiras. Disse que terminará 2022 com menos de 10 milhões de desempregados. ;Pegamos (o país) com 14 milhões de desempregados (...) a ideia é diminuir ao máximo,mas temos que ser realistas e vamos trabalhar nesse sentido. O Brasil está recuperando a sua confiança;, disse.
Segmentos
Considerando o resultado por setor, sete dos oito ramos de atividade tiveram criação de vagas. O setor de serviços liderou a alta, com 64.533 novos postos. Em segundo lugar, ficou a indústria de transformação, com 42.179. A única atividade que registrou mais demissões do que admissões foi o setor de serviços industriais de utilidade pública, que fechou 448 oportunidades com carteira assinada.
No recorte geográfico, o destaque vai para a região Nordeste, que teve saldo positivo de 57.035 postos; seguido do Sudeste, com 56.833 vagas formais criadas. Por último, veio a Região Norte, com 9.352 novas chances.
Entre os desligamentos do mês, 18.395 foram realizados mediante acordo entre empregador e empregado, em um universo de 12.105 empresas. O número representa 1,5% do total de demissões de setembro. Na modalidade de trabalho intermitente, o saldo entre as vagas criadas e extintas foi de 6.015 empregos formais. De acordo com o Ministério da Economia, 57 empregados celebraram mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente em setembro.