postado em 21/10/2019 04:18
[FOTO1]A economia se descola da política, e isso é ótimo
O Brasil vive um período curioso. Na política, a crise não tem fim, com declarações incendiárias do presidente, um partido dilacerado ; o PSL, que deveria ser o pilar de sustentação do governo ; e enredos de intrigas e traições que envenenam a atmosfera em Brasília. Na economia, o clima é oposto, mas ninguém deu muita atenção a isso. A semana passada trouxe uma avalanche de boas notícias. Segundo dados do Caged, o Brasil gerou em setembro 157 mil vagas com carteira assinada, o melhor resultado em seis anos para o mês. No meio empresarial e no mercado financeiro, o otimismo só cresce. Não à toa, bancos, como o Itaú, aumentaram a projeção de crescimento do PIB em 2019, de 0,8% para 1%. Em 2020, muita gente acha que é possível avançar 2%. Talvez mais do que isso. E já há casas de análise que projetam a taxa de juros abaixo de 4%, algo inimaginável até pouco tempo atrás. Está cada vez mais claro que as bombas políticas não atingem a economia. Isso é ótimo para o Brasil.
Brasil falha na indústria 4.0
Enquanto o mundo discute os impactos da tecnologia no mercado de trabalho, o Brasil tem ficado para trás na indústria 4.0, conceito que consiste em formas de produção mais automatizadas. De acordo com a americana Robotic Industries Association, o Brasil precisaria ter 200 mil robôs para atender à atual demanda da indústria nacional, mas tem apenas 11 mil. A proporção, portanto, é de 10 robôs por 10 mil habitantes. Nos Estados Unidos e na Alemanha, esse número é de 200 para 10 mil cidadãos.
Petrobras acertou em cancelar contrato com McLaren
O cancelamento do contrato de patrocínio que a Petrobras mantinha com a equipe inglesa de Fórmula 1 McLaren tem sido criticado pela comunidade do automobilismo. A decisão de cortar a verba é acertada. Por cinco anos de contrato, a empresa brasileira desembolsaria R$ 872 milhões. Como disse o Ministério da Economia, o valor é injustificável. A F1 está em crise, com queda de audiência, e não há pilotos brasileiros na categoria. O dinheiro, certamente, será melhor aplicado em projetos no Brasil.
Setor de autopeças quer fazer negócios do Egito
Sessenta empresários brasileiros do ramo de autopeças estão de olho no mercado egípcio, importante produtor de caminhões e implementos para o Oriente Médio. A primeira iniciativa do programa Brasil Auto Parts ; Trusted Partners, parceria do Sindipeças com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), será levar os fabricantes para a Autotech, feira automotiva que será realizada de 13 a 15 de dezembro, no Cairo. O potencial de negócios é de US$ 2 bilhões anuais.
20%
é quanto deverá crescer o mercado de luxo no Brasil até 2023, segundo estudo
da consultoria LuxuryLab. Se a previsão se confirmar, a partir de 2021, o mercado
brasileiro será o maior da América Latina, à frente do México
;Temos trabalhado há 10 meses aperfeiçoando e garantindo a segurança jurídica para os investidores. Estamos construindo um bom ambiente de negócios;
Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia
RAPIDINHAS
; Para escoar os cerca de 100 milhões de processos que repousam na Justiça brasileira, o apoio da tecnologia é fundamental. Nesta semana, a Softplan, empresa que desenvolve soluções para o Judiciário, lança o Painel do Procurador, sistema que usa inteligência artificial (IA) para o acompanhamento dos processos nos Ministérios Públicos.
; Segundo a empresa, a solução vai reduzir o tempo médio de andamento dos processos, além de garantir prioridade para os casos emergenciais. A novidade será apresentada no 16; Congresso Brasileiro de Procuradores Municipais, programado para Brasília entre hoje até quinta-feira.
; O condomínio empresarial Perini, que abriga 20% do PIB de Joinville (SC), vai construir um polo voltado a empresas de tecnologia. O projeto é ambicioso. Com investimentos de R$ 250 milhões, ele quer atrair gigantes como IBM, Cisco e SAP, que demonstraram interesse na iniciativa. A previsão é que o complexo fique pronto no primeiro semestre de 2020.
; Facebook, Google, Twitter e WhatsApp vão oficializar amanhã a adesão ao Programa de Enfrentamento à Desinformação, criado pelo Tribunal Superior Eleitoral para combater a disseminação de fake news nas eleições de 2020. Segundo o TSE, o projeto conta com a participação de 40 empresas da área de tecnologia.