Agência Estado
postado em 22/10/2019 10:28
O Consórcio Estrela Instantânea, representado pela corretora Ativa Investimentos, arrematou a concessão da Lotex, a "raspadinha", com um lance de R$ 96,969 milhões pela primeira parcela. O montante ofertado não teve ágio, considerando o mínimo para a parcela inicial referente à outorga de R$ 96,9 milhões e outras sete parcelas fixas de R$ 103 milhões, corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O consórcio foi o único a apresentar proposta na terceira tentativa do governo de conceder a exploração do serviço de loteria instantânea à iniciativa privada.
Operada até então pela Caixa Econômica Federal, a Lotex é uma empresa pública federal de loteria, na qual o apostador sabe na hora se ganhou algum prêmio ou não ao raspar o cartão.
O prazo da concessão da Lotex é de 15 anos, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi o responsável por organizar o leilão.
Os dois certames anteriores da Lotex não atraíram interessados. Diante da falta de apetite da iniciativa privada, as condições do leilão foram revistas. Uma das mudanças foi em torno da arrecadação anual mínima exigida, que passou de R$ 1,2 bilhão para R$ 560 milhões. O valor de outorga também diminuiu - na primeira tentativa chegava a R$ 1 bilhão - e o prazo de pagamento foi estendido de quatro para oito parcelas.
O Brasil conta hoje com três modalidades de loteria: sorteio, como a Mega-Sena; números, como a Loteria Federal; e modalidades esportivas. No total, o grupo gerou uma arrecadação de R$ 13 bilhões ao governo em 2016, dos quais pouco mais de R$ 6 bilhões foram destinados a repasses sociais.
No mundo, o mercado de loterias movimenta cerca de US$ 260 bilhões por ano, em negócios, de acordo com a World Lottery Association (WLA). Com sede em Basileia, na Suíça, a entidade representa empresas estatais e privadas de loteria em 80 países.