postado em 26/10/2019 04:05
O estoque das operações de crédito do sistema financeiro brasileiro teve alta de 1% em setembro ante o mês anterior, alcançando os R$ 3,361 trilhões. O acumulado de 12 meses, registrou avanço de 5,8%. Os dados são da nota de crédito do Banco Central, divulgada ontem. O total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 47,2% para 47,6% no mês passado.
O volume para pessoas físicas e pessoas jurídicas tiveram crescimento similar, de 1% e 1,1%, respectivamente. Já o estoque de crédito livre subiu 1,7% em setembro. O de crédito direcionado teve alta de 0,2%. Na modalidade, enquanto o saldo para pessoas físicas avançou 1,1%, as empresas tiveram crescimento de 2,5%.
De acordo com as projeções do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC espera uma expansão de 5,7% no crédito em 2019. Enquanto para o crédito livre o crescimento deve ser de 12%, a previsão para o crédito direcionado é de retração de 1,8%.
O estoque de operações de crédito direcionados para habitação cresceu 0,6% para pessoa física, em setembro, somando R$ 624,073 bilhões. Nos 12 meses imediatamente anteriores, a modalidade subiu 5,7%. Já o crédito para livre compra de veículos cresceu 1,5% em relação a agosto, subindo para R$ 192,527 bilhões. Com o resultado, houve alta de 18,2% em 12 meses.
Concessões
Os dados do Banco Central mostram que as concessões de crédito livre em setembro chegaram a R$ 333,5 bilhões, uma alta de 2,7%. O avanço em 12 meses até setembro foi de 13,6%. Por outro lado, as concessões para pessoa física recuaram 0,5% em setembro ante agosto, fechando em R$ 182,7 bilhões. A expansão acumulada em 12 meses é de 14,7%. Já para pessoas jurídicas, as concessões somaram R$ 150,8 bilhões, crescendo 7% em setembro. Em 12 meses, os empréstimos para empresas subiram 12,2%.
O saldo de financiamento para empresas, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), caiu 1%, totalizando R$ 402,409 bilhões. Em 12 meses, a modalidade acumula queda de 10,8%.
O estoque de crédito ampliado ao setor não financeiro registrou expansão de 1,3% em setembro em relação ao mês anterior, alcançando os R$ 10,039 trilhões. O volume representa 142,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central.
A categoria de crédito ampliado inclui operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e operações com títulos públicos e privados. Para as famílias e empresas, o crédito ampliado custou R$ 5,592 trilhões, equivalente a 79,2% do PIB.