postado em 26/10/2019 04:05
[FOTO1]A Petrobras pretende usar os R$ 34 bilhões que receberá da União pelo aditivo do contrato de cessão onerosa no próprio leilão dos excedentes da área, marcado para 6 de novembro. O leilão oferecerá o direito de extrair petróleo e gás em áreas no polígono do pré-sal concedidas à Petrobras em 2010. Segundo a diretora financeira e de relacionamento com investidores, Andrea Almeida, a empresa espera receber os recursos ainda neste ano, à medida em que eles sejam arrecadados pela União.
;O dinheiro proveniente do aditivo do contrato a gente pretende, sim, usar no leilão agora no dia 6 de novembro. Integralmente;, afirmou ontem, durante coletiva de imprensa para divulgar o balanço da companhia no terceiro trimestre de 2019.
Segundo acordo firmado em 2010, a Petrobras tem direito de extrair até 5 bilhões de barris de petróleo equivalente dessas áreas, que fazem parte do Polígono do Pré-sal. Como foram descobertos volumes superiores a esse limite, o Conselho Nacional de Política Energética autorizou a Agência Nacional do Petróleo a licitar esse excedente em regime de partilha, o que pode gerar mais de R$ 100 bilhões em bônus de assinatura.
A diretora avaliou o balanço divulgado ontem e destacou que a produção aumentou 9,3% no período, quando houve queda de 10% no preço do petróleo. ;Também tivemos maiores volumes no refino, no diesel principalmente;, afirmou ela, que considerou os resultados ;bem positivos;.
A queda de custo de produção no pré-sal, para US$ 5 o barril, foi comemorado pelos executivos da companhia, que também chamaram a atenção para a redução do endividamento. ;É um marco relevante no trimestre. A gente conseguiu reduzir em US$ 11 bilhões a dívida da Petrobras, atingindo o valor de US$ 90 bilhões.;
Em relação ao programa de desinvestimentos, a diretora disse que a Petrobras já atingiu a meta de vender cerca de R$ 15 bilhões em ativos neste ano, e chegou a R$ 15,3 bilhões, dos quais R$ 13,3 bilhões já estão no caixa da companhia. Em teleconferência com analistas, Andrea Almeida reforçou a necessidade de a empresa continuar vendendo ativos e reduzindo custos para atingir a meta de alavancagem de 1,5 vez, prevista para 2020. Já a redução da dívida para o nível de US$ 60 bilhões dependerá, principalmente, da venda das refinarias.
Segundo a diretora, o investimento da estatal para os próximos anos será ;o mais realista possível;. A Petrobras divulga anualmente o Plano de Negócios quinquenal que, no passado, se mostrou descolado da realidade por não ser totalmente cumprido de forma recorrente. ;Estamos fazendo para os próximos cinco anos o mesmo que fizemos com os investimentos de 2019, rodando vários cenários e aplicando análise de risco, para ser o mais realista possível;, explicou.
No terceiro trimestre, a companhia reduziu em 33,2%, para US$ 2,612 bilhões, os investimentos, na comparação com o mesmo período de 2018.
Petroleiros em greve
O Sindipetro RJ, sindicato de empregados da Petrobras ligado à Federação Única dos Petroleiros, não assinou o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019 mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e informou que vai aderir à greve que será deflagrada hoje pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Segundo o sindicato do Rio, o ;rito de assinatura acontece na medida em que há consenso entre as partes;, o que não houve no caso da discussão sobre o acordo salarial da categoria. O Sindipetro RJ realizará assembleias no fim de semana para preparar a adesão à greve na segunda-feira, depois de ter comunicado à Petrobras ontem, conforme determina a lei. A Petrobras disse que ainda tenta evitar a greve, mas que se for deflagrada tomará medidas para evitar impacto na produção e no abastecimento, porém não deu detalhes.
Preço do diesel cai
A Petrobras reduziu ontem o preço do diesel nas refinarias em R$ 0,0348, primeira alteração no preço desde 19 de setembro. O percentual da queda para o consumidor vai depender do polo do abastecimento. O recuo pegou os revendedores de surpresa, segundo o presidente da Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo. ;Os meus associados estavam esperando alta, porque apesar do dólar ter cedido um pouco, o petróleo subiu;, disse.
Petroleiros em greve
O Sindipetro RJ, sindicato de empregados da Petrobras ligado à Federação Única dos Petroleiros, não assinou o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019 mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e informou que vai aderir à greve que será deflagrada hoje pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Segundo o sindicato do Rio, o ;rito de assinatura acontece na medida em que há consenso entre as partes;, o que não houve no caso da discussão sobre o acordo salarial da categoria. O Sindipetro RJ realizará assembleias no fim de semana para preparar a adesão à greve na segunda-feira, depois de ter comunicado à Petrobras ontem, conforme determina a lei. A Petrobras disse que ainda tenta evitar a greve, mas que se for deflagrada tomará medidas para evitar impacto na produção e no abastecimento, porém não deu detalhes.