Vera Batista
postado em 29/10/2019 15:00
[FOTO1]O estoque da dívida pública federal (DPF, dívidas contraídas pelo governo federal para financiamento do seu déficit orçamentário) encerrou o mês de setembro em R$ 4,155,80 trilhões, ultrapassando, pela segunda vez consecutiva, a barreira dos R$ 4 trilhões. Esse valor representa alta de 2%, em relação a agosto, quando o saldo total da dívida ficou em R$ 4.074,18, de acordo com dados do relatório mensal da dívida, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia. A DPF é composta de dívida interna (DPMFi) e dívida externa (DPFe). Apenas a dívida interna teve o estoque ampliado em 2,04%, ao passar de R$ 3.913 trilhões para R$ 3.913,31, de agosto para setembro. Em relação à dívida interna, de acordo com o Tesouro, a alta aconteceu devido à emissão liquida, no valor de R$ 57,11 bilhões e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 23,15 bilhões.
Já a dívida externa saltou 1% no período, para R$ 162,49 bilhões (US$ 39,02 bilhões). Desse total, R$ 147,78 bilhões (US$ 35,49 bilhões) se referem à dívida mobiliária e R$ 14,71 bilhões (US$ 3,53 bilhões) são relativos à dívida contratual. A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para cobrir despesas que superam a arrecadação com impostos, contribuições e outras receitas, e financiar o déficit orçamentário do governo.
Os fundos de investimento, que erma os maiores detentores da dívida pública brasileira, reduziram com participação de para R$ 1.053,93 bilhões, de agosto para setembro. O estoque da Previdência aumentou , passando de R$ 945,51 bilhões para R$ 1.008,37 bilhões. Com isso, a participação relativa desse grupo subiu para 25,25%. As instituições financeiras também aumentaram seu estoque em R$ 45,22 bilhões, alcançando R$ 942,65 bilhões.
O resultado de setembro, pelos dados do Tesouro, atingiu o intervalo estabelecido como meta para o Plano Anual de Financiamento (PAF) do governo federal, que estimou o valor de R$ 4,1 a R$ 4,3 trilhões de dívida para 2019.