postado em 30/10/2019 04:05
O estoque da dívida pública federal (DPF) encerrou o mês de setembro em R$ 4,155,80 trilhões, ultrapassando, pela segunda vez consecutiva, a barreira dos R$ 4 trilhões. Esse valor representa alta de 2%, em relação a agosto, quando o saldo total da dívida ficou em R$ 4.074,18 trilhões, de acordo com dados do relatório mensal da dívida, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia.
O resultado de setembro, pelos dados do Tesouro, atingiu o intervalo estabelecido no Plano Anual de Financiamento (PAF) de R$ 4,1 trilhões a R$ 4,3 trilhões de dívida neste ano. Luis Felipe Vital, coordenador-geral de operações da dívida pública explicou que o custo médio acumulado da dívida, nos últimos 12 meses, continua estável: passou de 8,54% ao ano, em agosto, para 8,61% em setembro, um sinal de que o endividamento do país não deve aumentar. ;Estamos bastante confortáveis de que terminaremos o ano dentro da banda do PAF;, assinalou.
A DPF é composta de dívida interna (DPMFi) e dívida externa (DPFe). Apenas a dívida interna teve o estoque ampliado em 2,04% de agosto para setembro, devido à emissão líquida de R$ 57,11 bilhões e à apropriação positiva de juros de R$ 23,15 bilhões.
Já a dívida externa saltou 1% no período, para R$ 162,49 bilhões (US$ 39,02 bilhões). A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para cobrir despesas que superam a arrecadação com impostos, contribuições e outras receitas, e financiar o deficit orçamentário do governo.
Tesouro Direto
As vendas de títulos públicos pela internet para pessoas físicas aumentaram em setembro. As emissões do Tesouro Direto foram de R$ 1,923 bilhão, e os resgates, de R$ 1,620 bilhão. O que resultou em um saldo positivo de R$ 302,61 milhões. O estoque do Tesouro Direto, em setembro, subiu para R$ 58,773 bilhões, com aumento de 1,10%, em relação a agosto. O total de investidores cadastrados é de 5.001.226, sendo 68,76% homens e 31,74%, mulheres.