Economia

Governo registra deficit primário de R$ 20,4 bilhões em setembro

No acumulado do ano, rombo soma R$ 72,5 bilhões e está bem abaixo da meta fiscal, que permite resultado negativo de até R$ 159 bilhões

Vera Batista
postado em 30/10/2019 16:00
[FOTO1]Em setembro de 2019, o déficit primário (resultado de todas as receitas e despesas do governo) foi de R$ 20,4 bilhões, em valores nominais. O valor é inferior ao registrado mesmo mês do ano passado, de R$ 23 bilhões. No acumulado do ano, até setembro, o resultado negativo foi de 72,5 bilhões, também menor que o do mesmo período de 2018, de R$ 81,8 bilhões. O resultado dos oito primeiros meses do ano representa uma melhora de 14,5%, em termos reais, e é o melhor dado para o período, desde 2015, de acordo com o Tesouro Nacional.

O documento ressalta que é possível que neste ano o resultado primário do governo central e do setor público consolidado fiquem abaixo das metas estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que eram déficit primário de R4 139 bilhões para o governo e de R4 122 billhões para o setor público. ;As fontes de um melhor resultado primário frente as metas do ano são os leilões de petróleo, em especial o leilão excedente dacessão onerosa marcado para o dia 6 de novembro;

No mês, o Tesouro Nacional e o Banco Central foram superavitários em R$ 13,1 bilhões. Mas a Previdência Social (RGPS) ficou no vermelho, com déficit de R$ 35,5 bilhões. De acordo com o relatório do Tesouro, ;o resultado do governo central veio melhor que a mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal, do Ministério da Economia, que era de um resultado deficitário de R$ 22,4 bilhões para o mês;. A melhora em relação a setembro de 2018, foi em consequência ao aumento de R$ 3,6 bilhões das receitas líquidas, em termos reais.

Os números de 2019, de janeiro a setembro, foram possíveis devido a superávit de R$ 92,8 bilhões do Tesouro e do Banco Central e por um déficit de R$ 165,3 bilhões do RGPS. ;A redução real do déficit primário do governo central no acumulado até setembro ante o mesmo período do ano passado decorreu da diminuição das despesas discricionárias que, em 2019, foram de R$ 15 bilhões inferiores às do mesmo período de 2018 e do aumento real das receitas líquidas de R$ 4,7 bilhões;, assinala o documento divulgado pelo Tesouro Nacional.

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