postado em 01/11/2019 04:05
[FOTO1]Mesmo que FCA e PSA concluam, de fato, a união de suas operações, os investimentos não devem ser afetados no Brasil. No ano passado, assim que o programa Rota 2030 foi anunciado, o presidente da companhia no Brasil, Antonio Filosa, garantiu que o plano de investimentos alcançaria R$ 16 bilhões até 2022.
Além de ampliação e modernização de suas fábricas na cidade mineira de Betim e em Goiana, no interior de Pernambuco, o dinheiro tem sido gasto no lançamento de 25 modelos nesse período ; principalmente nos segmentos de utilitários urbanos e de picapes grandes, com a possibilidade de estreia da marca RAM no Brasil. ;Agora que sabemos qual é a direção, dentro de um ambiente de regras mais sólidas, queremos fortalecer a nossa atuação em todos os segmentos e entrar de forma consistente naqueles que ainda não estamos;, garantiu Filosa, ao anunciar naquela época as estratégias de longo prazo.
Apenas a marca Fiat vai lançar, em 2021, dois SUVs desenvolvidos no Brasil, um compacto e outro maior, do porte do Jeep Compass. A fábrica de Goiana, em Pernambuco, está desenvolvendo um SUV de maior porte, mais encorpado que o Compass. Em 2015, a Fiat inaugurou a fábrica de Pernambuco, sua segunda unidade industrial no Brasil, primeira e única da marca na região Nordeste.
De julho de 2018 até 2024 estão previstos R$ 16 bilhões para a América Latina, com foco no Brasil, R$ 8,5 bilhões em Betim (MG) e R$ 7,5 bilhões no polo Jeep, em Pernambuco. O Brasil representa 10% do volume global de vendas do Grupo FCA e 14% do resultado (lucro) global.
Em recente entrevista ao jornal Financial Times, o CEO da FCA, Mike Manley, demonstrou muito interesse em se unir a outro grupo automobilístico. ;A FCA tem um futuro sólido como uma empresa independente, mas isso não significa dizer que, se houver um futuro melhor por meio de uma aliança e parceria ou fusão, que não estaríamos abertos e interessados nisso", disse o executivo, dias antes de revelar a fusão com a PSA.