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Estudo feito pelo Ministério da Agricultura mostra que, entre 1975 e 2018, o ganho de produtividade da agropecuária brasileira foi de 3,36% por ano %u2013 mais do que nas nações desenvolvidas

Correio Braziliense
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postado em 05/11/2019 04:05
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O exemplo que vem do campo

Se fosse preciso apontar uma única área em que o Brasil é referência no mundo, ela teria que ser o agronegócio. Estudo feito pelo Ministério da Agricultura mostra que, entre 1975 e 2018, o ganho de produtividade da agropecuária brasileira foi de 3,36% por ano ; mais do que nas nações desenvolvidas. Para se ter uma ideia, a produtividade nos Estados Unidos, que têm um dos melhores sistemas de agricultura do mundo, cresceu a uma taxa média menor que 2% no mesmo período. Segundo o Ministério, que fez a pesquisa em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Embrapa, o desempenho está relacionado à inovação e avanços em infraestrutura. Na produção de soja, o Brasil ganha de goleada. Nos últimos 50 anos, a produtividade brasileira cresceu 207%. Não é só. De 1970 a 2018, a produção global de soja cresceu 7,9 vezes, passando de 44 para 351 milhões de toneladas. No Brasil, o desempenho foi mais espetacular: 79 vezes.



Rapidinhas

; O laboratório americano Pfizer está trazendo para o Brasil a Upjohn, divisão que focará em tratamentos de doenças crônicas não transmissíveis. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas enfermidades respondem por 71% de todas as mortes por doença no mundo. A meta da Pfizer é atender globalmente 225 milhões de novos pacientes até 2025.

; A cervejarias Schornstein, de Pomerode (SC), e a Leuven, de Piracicaba (SP), uniram suas operações para criar a Companhia Brasileira de Cerveja Artesanal (CBCA). O mercado de cerveja artesanal avança 20% por ano no Brasil, o que levará as empresas a juntarem forças para enfrentar a crescente concorrência.

; Controlador da British Airways e da Iberia, o International Airlines Group (IAG) anunciou um acordo para comprar a espanhola Air Europa, por 1 bilhão de euros. A ideia é aumentar as rotas para a América Latina e transformar Madri em um centro aéreo com capacidade para competir com os aeroportos de Paris (Charles de Gaulle) e de Londres (Heathrow).

; Os bancos tradicionais estão atentos ao avanço das fintechs. Ontem, o espanhol Santander comprou, por 350 milhões de euros, 50,1% da startup de pagamentos internacionais Ebury. Com o negócio, o Santander quer chegar às pequenas e médias empresas que mantêm operações no exterior.







US$ 17,6 bilhões

foi quanto Bill Gates, fundador da Microsoft, ganhou em 2019 (até 30 de outubro), segundo o Bloomberg;s Billionaires Index, que aponta os 20 empresários mais ricos do mundo digital. Gates lidera a lista



Adiamento do leilão do 5G desagrada Ministério da Economia

O pedido de empresas como Oi, Tim e Vivo para que o leilão do 5G, previsto para março de 2020, seja adiado para 2021, desagradou o Ministério da Economia. O leilão é fundamental não só para atrair investimentos mas também para evitar que o Brasil fique na lanterna da corrida global por essa tecnologia. Em países como Estados Unidos, China e Coreia do Sul, o 5G está se tornando realidade. Sem a rede 5G, inovações que dependem da Internet das Coisas e da Inteligência Artificial podem atrasar.



; Óleo no Nordeste 1:
Heineken promove show para levantar recursos

Passados dois meses desde os primeiros sinais de manchas de óleo bruto no litoral do Nordeste, pouco se viu da participação da iniciativa privada na tentativa de minimizar os estragos ambientais. Mas há exceções. No último domingo (3), o grupo holandês Heineken promoveu, com a marca Devassa, um show em Salvador, para destinar parte da arrecadação à Route Brasil, Ong que tem trabalhado na retirada do petróleo das praias nordestinas.


; Óleo no Nordeste 2:
Cimenteira francesa recicla material coletado

Outro exemplo de engajamento veio da cimenteira francesa LafargeHolcim, que decidiu misturar o material coletado nas praias a plásticos, papéis não recicláveis e outros resíduos industriais para que sejam destruídos a altas temperaturas nos fornos. Com a mistura, a unidade de Caaporã (PB) coloca em operação o chamado coprocessamento e transforma o petróleo em combustível alternativo para a produção de cimento. É o caso de se perguntar: por quê mais empresas não fazem o mesmo?



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