Agência Estado
postado em 06/11/2019 10:40
Os juros futuros abriram com viés de alta num movimento de ajuste das taxas, a despeito do ambiente doméstico positivo para os ativos financeiros. A avaliação é da gestora de renda fixa da Mongeral Aegon Investimentos, Patrícia Pereira. "Não acredito que antes de tantos eventos importantes como tem hoje alguém se atenha a um 'driver' fixo que justifique a alta das taxas", disse Patrícia, citando o leilão de cessão onerosa, que sugere fluxo estrangeiro positivo para o Brasil e valorização do real, e a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em comissão na Câmara dos Deputados.
Cerca de uma hora depois da abertura do mercado futuro de juros as taxas, como previsível, inverteram o sentido e passaram a exibir viés de baixa.
O movimento coincidiu com a fala do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que não trouxe novidades até o horário abaixo, segundo agentes do mercado financeiro.
Às 10h30, O DI para janeiro de 2021 estava em 4,46% ante 4,51% na máxima intraday e 4,48% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 exibia 6,33% ante 6,39% na máxima intraday e 6,34% no ajuste de ontem.
A gestora da Mongeral Aegon observou que o pacote de medidas apresentado ontem pela equipe econômica também compõe o ambiente doméstico favorável.
Ela classificou as propostas como "fiscalmente positivas". Como é ambicioso, o plano pode até não conseguir a aprovação no Congresso, diz Patrícia. "Mas qualquer medida que consiga ser aprovada será pró fiscal", disse a gestora.
Às 9h33, O DI para janeiro de 2021 estava em 4,50% ante 4,48% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 marcava mínima a 6,36% ante 6,39% na máxima intraday e 6,34% no ajuste de ontem.