Agência Estado
postado em 14/11/2019 10:55
A venda total da participação de 3,87% que tinha no capital da desenvolvedora de softwares Totvs foi o destaque das alienações da carteira de ações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Divergências entre a diretoria do banco e técnicos da área responsável pela gestão da carteira, principalmente em torno dos normativos para levar a campo as operações de forma mais célere, travaram a aceleração das vendas das participações societárias, uma das metas da gestão do presidente Gustavo Montezano à frente do BNDES.
Ainda hoje, o banco informará os resultados do terceiro trimestre, em apresentação marcada para as 11 horas. As vendas de ações, que turbinaram o lucro, especialmente no primeiro trimestre, não deverão ser o destaque nos resultados consolidados.
Mais cedo, a BNDESPar, empresa de participações do banco de fomento, informou que registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,248 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 19,5% ante igual período de 2018. Segundo o Relatório de Administração enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a redução se deveu ao "menor resultado com alienações de participações societárias".
O resultado com participações societárias ajustado foi R$ 1,122 bilhão, queda de 33,7% diante do registrado no terceiro trimestre de 2018. "Esse movimento é explicado sobretudo pela redução da receita com dividendos e juros sobre capital próprio e do resultado bruto com alienações de ações e amortizações de cotas de fundos, na comparação dos trimestres", diz o relatório.
No terceiro trimestre, o destaque foi a venda total da participação na empresa desenvolvedora de softwares Totvs. Junto das vendas de ações da Petrobras e com a venda de parte da fatia na Fibria, no contexto da fusão com a Suzano, operações registradas no primeiro trimestre, e a saída da Totvs responderam por 85,2% do resultado com alienações no acumulado de nove meses de 2019.