Economia

Bolsa segura os 106 mil pontos ao final de semana mais curta

Agência Estado
postado em 14/11/2019 19:19
O Ibovespa conseguiu voltar e se manter na região de suporte técnico, dos 106,3 mil pontos, mas em uma sessão marcada por alta comedida que não teve capacidade de anular as perdas acumuladas em 1,00% na semana que se encerra nesta quinta-feira, 14, em razão do feriado da Proclamação da República, na sexta-feira, 15. O principal índice do mercado acionário brasileiro fechou com ganho de 0,47%, aos 106.556,88 pontos, e um volume financeiro de R$ 17,9 bilhões. As tensões geopolíticas nesta semana, com destaque para o recrudescimento das questões políticas em vizinhos latinos - com a alta do dólar ante moedas emergentes - arranharam o mercado acionário brasileiro. "Uma vez que nós paramos de falar de Previdência, que já está até promulgada, era para o mercado andar um pouco mais, mas isso não ocorreu", observa Ariovaldo dos Santos, gerente da mesa de renda variável da H.Commcor. Ele chama atenção também para alguns fatores, que mexeram com a análise de empresas listadas, em especial os bancos. Segundo ele, o fato de a Caixa ter anunciado uma queda forte de sua taxa de juros fez com que instituições financeiras, listadas no principal índice da Bolsa, tendessem a cair, sob o temor de que um novo nível de juros à pessoa física reduza a rentabilidade dos negócios. "Qualquer alívio nos bancos muda o patamar da Bolsa." No cenário externo, prevaleceu também na semana a falta de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China, com os chineses mostrando relutância em firmar compromisso quanto a um volume de compras de produtos agropecuários americanos. Na próxima semana, os investidores tendem a reagir mais a questões econômicas domésticas, se o cenário externo ajudar, avaliam analistas, ao considerar o quadro interno, em evolução favorável apesar da cautela sobre a política. Com a temporada de balanços corporativos chegando ao fim, os investidores contarão na semana que vem com uma agenda mais forte de dados econômicos, como os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a criação de empregos e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), além do nível de confiança da Fundação Getulio Vargas (FGV).

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