Agência Estado
postado em 15/11/2019 07:57
O Carrefour Brasil planeja investir R$ 2 bilhões em 2020, praticamente a mesma cifra deste ano. Noël Prioux, presidente do grupo, diz que a companhia quer abrir 20 lojas de atacarejo (Atacadão) e acelerar o ritmo de inaugurações de lojas de vizinhança, das vendas do e-commerce, dos serviços financeiros e fechar mais parcerias com redes regionais e indústrias.
"Não temos bola de cristal, mas há alguns parâmetros que indicam que 2020 será um pouco melhor", diz Prioux. Ele espera uma aceleração maior do crescimento da economia concentrada no fim de 2020 e traça o orçamento do próximo ano considerando que o PIB avance em torno de 1%. Apesar de se dizer otimista, essa projeção é a metade da expectativa do mercado financeiro.
Segundo o diretor financeiro, Sebastien Durchon, a expectativa do PIB de 2020 não tem muito impacto nas decisões de investimento da companhia. "Temos uma visão bastante otimista do futuro, do médio e longo prazos. Não importa que o curto prazo seja desafiador." Desde 2016, o grupo mantém o ritmo de investimentos e planeja aplicar anualmente cerca de R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos.
Diversificação
A companhia está em busca de novas parcerias para diversificar suas operações. De acordo com outros supermercados regionais e empresas que possam ajudar na logística do e-commerce, o Carrefour quer aumentar os pontos de contato com seus clientes e melhorar a experiência de compra.
Neste ano, a empresa fechou parceria com o Hirota Food para fornecer comida pronta para três lojas e com a rede regional familiar Super Nosso, de Minas, que vai gerir 17 lojas do Carrefour no Estado, mas com a sua bandeira. "Queremos fechar parcerias com pelo menos uma família em cada Estado", diz Prioux. Outro desejo é liderar a venda de alimentos pela internet.
Para o início de 2020, está previsto o lançamento de uma carteira digital que permitirá aos clientes pagar contas, fazer transferências e recarregar bilhetes de transporte. A carteira foi desenvolvida com a Ewally, fintech que o Carrefour comprou fatia de 49% em setembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.