Economia

Insetos e algas comestíveis

postado em 19/11/2019 04:34
As carnes de laboratório não são a única aposta para a substituição dos alimentos tradicionais. Há uma corrente de cientistas que defende a inclusão de insetos na dieta habitual dos humanos. Segundo esses pesquisadores, insetos são ricos em proteínas, vitaminas e elementos minerais, o que os torna uma opção fundamental para pessoas que preferem o consumo de alimentos saudáveis.

Uma das líderes desse movimento é a chinesa Bugsolutely, criada em 2016 e que, desde então, lançou uma grande variedade de alimentos à base de insetos. Os mais conhecidos são os snacks Bella Pupa, que podem ser encontrados em supermercados na China, mas a ideia é levá-los para os Estados Unidos e Europa no início do ano que vem.

O Bella Pula é feito de bicho-da-seda. Segundo a empresa, ele tem o dobro de aminoácidos na comparação com carne de porco e frango, o dobro do ferro encontrado em um ovo e mais de dez vezes os valores de zinco e magnésio do que o leite.

Como as carnes de laboratório, os insetos também podem ajudar a preservar o meio ambiente. Estudos recentes mostram que as emissões de gases do efeito estufa provenientes da agricultura de insetos são 40% inferiores às emissões da pecuária. Os insetos, obviamente, também exigem um espaço para a produção muito menor do que o gado.

Nos Estados Unidos, estudos recentes mostraram o valor nutritivo de algas marinhas. Elas são ricas em potássio, ferro, cálcio, fibras, iodo e uma série de vitaminas. E com a vantagem extra de serem baratas para produzir.

No estado do Maine, o Kelp, como são chamadas as algas marinhas, se tornou a cultura preferida dos pescadores. Como não requer insumos, nem terra arável, água doce, fertilizantes ou pesticidas, seu cultivo é barato, o que tem atraído os olhares de grandes investidores.




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