Economia

Expectativa da indústria cresce no terceiro trimestre, diz instituto da FGV

Segundo a FGV, empresários estão mais confiantes com a retomada do crescimento. Economia também tem crescimento gradual impulsionado pela construção civil

Cristiane Noberto*
postado em 22/11/2019 15:10
[FOTO1]A expectativa de crescimento da indústria está melhor neste trimestre. É o que revela a prévia da Sondagem da Indústria realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada nesta sexta-feira (22/11).

A Confiança da Indústria avançou 0,9 ponto em relação a outubro, ficando em 95,5 pontos. Segundo Renata de Mello Franco, pesquisadora do FGV IBRE, o pessimismo dos empresários diminuiu. "Estão melhores porque menos empresas vão diminuir a produção, o quadro de pessoal e os negócios estão melhores para os próximos três meses. O pessimismo diminuiu", afirmou.

Mesmo assim, segundo Franco, ainda não é possível dizer que haverá uma aceleração da indústria. "O que diminuíram foram as respostas negativas, porém, se nos outros meses (as respostas) tivessem sido positivas, a previsão do fim do ano seria para cima. O que vemos é um ritmo de crescimento lento do que realmente uma aceleração, o que já é bom", disse a pesquisadora.

Economia crescendo

O Monitor do PIB da FGV, divulgado nesta quinta-feira (21/11), também indicou crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 0,3% na passagem de agosto para setembro. Foi registrado uma pequena alta de 0,1% no acumulado do ano. Comparado a setembro do ano passado, a economia registrou alta de 2,1% este ano. Na comparação entre os semestre de 2019, o crescimento foi de 0,9% em 2019.

"O que surpreende, de fato, é que o investimento, em todos os aspectos, registrou alta. Isso foi graças à recuperação da construção civil que atrapalhava um pouco e agora contribui positivamente. Outro fator foi o aumento no consumo das famílias também ter sido alto e a redução dos gastos e o consumo do governo. A expectativa é de que a economia cresça para 1,1% no próximo ano, mas pode ser alterada pela divulgação do PIB pelo IBGE na próxima semana, que pode confirmar os números que estamos estimando. Mas é possível que cresça;, garantiu Cláudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca

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