postado em 23/11/2019 04:34
Empresários estão mais confiantes com a retomada do crescimento na indústria. Segundo a prévia da Sondagem da Indústria realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada ontem, o setor está mais otimista e com expectativa de crescimento neste trimestre.
O indicador Confiança da Indústria avançou 0,9 ponto em relação a outubro, ficando em 95,5 pontos. Segundo Renata de Mello Franco, pesquisadora do FGV Ibre, o pessimismo dos empresários diminuiu. ;Estão melhores porque menos empresas vão diminuir a produção, o quadro de pessoal e os negócios estão melhores para os próximos 3 meses. O pessimismo diminuiu;, afirmou.
Para o diretor de Pesquisa & Desenvolvimento e Relações Governamentais da Positivo, José Goutier Rodrigues, finalmente surgem melhores expectativas para negócios e vendas, diferente do previsto pelo governo. ;Esta sondagem não refletiu as alterações prometidas pelo Poder Executivo. Ou seja, a indústria antevê melhoras. Imagine quando as reformas forem implementadas. Poderemos apostar fortemente que, em 2020, nossa economia irá decolar, esperamos que sem voo de galinha;, apontou.
Mesmo assim, segundo Franco, ainda não é possível dizer que haverá uma aceleração da indústria. ;O que diminuiu foram as respostas negativas, porém, se, nos outros meses, (as respostas) tivessem sido positivas, a previsão do final do ano seria para cima. O que vemos é um ritmo de crescimento lento do que realmente uma aceleração, o que já é bom;, disse a pesquisadora.
O Monitor do PIB da FGV, divulgado ontem, também indicou crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 0,3% na passagem de agosto para setembro. Foi registrada uma pequena alta de 0,1% no acumulado do ano. Comparado a setembro do ano passado, a economia registrou alta de 2,1% este ano. Na comparação semestral, o crescimento foi de 0,9% em 2019.
;O que surpreende, de fato, é que o investimento, em todos os aspectos, registrou alta. Isso foi graças à0 recuperação da construção civil;, avaliou Cláudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.