Agência Estado
postado em 25/11/2019 18:54
As bolsas de Nova York registraram ganhos nesta segunda-feira, 25, com os três índices em patamares históricos de fechamento. O apetite por risco foi apoiado por novidades vistas por investidores e analistas como positivas para o desenrolar das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Além disso, algumas notícias corporativas estiveram no radar.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,68%, em 28.066,47 pontos, o Nasdaq avançou 1,32%, a 8.632,49 pontos, e o S 500 teve ganho de 0,75%, a 3.133,64 pontos.
No fim de semana, o governo chinês anunciou um endurecimento das punições contra roubo de propriedade intelectual, atendendo a uma demanda de Washington sobre o assunto. Além disso, o conselheiro de Segurança Nacional americano, Robert O'Brien, afirmou que um pacto preliminar entre as potências poderia ser assinado ainda neste ano. Um especialista da Academia Chinesa de Ciências Sociais em Pequim, Gao Lingyun, ligado ao assunto, disse que haveria "amplo consenso" para a conclusão da "fase 1" do acordo comercial e que ela poderia se materializar em breve, segundo o jornal chinês Global Times.
A série de notícias impulsionou as bolsas de Nova York. Entre os setores, o de tecnologia se destacou, com a ação da Apple em alta de 1,75%, Intel de 2,08% e IBM, de 1,21%. Em outros setores, papéis importantes também subiram, como Boeing (+0,48%), Goldman Sachs (+1,12%) e Citigroup (+1,08%).
Entre as notícias do setor corporativo, Tiffany subiu 6,2%, após a LVMH chegar a um acordo para comprar a fabricante de joias por cerca de US$ 26 bilhões. O papel da LVMH havia avançado 2% mais cedo em Paris. E-Bay, por sua vez, subiu 2,1% em Nova York, após ela fechar um acordo para comprar a concorrente TD Ameritrade Holding, em uma transação com troca de ações avaliada em cerca de US$ 26 bilhões.
O MUFG comenta em relatório recente que o mercado acionário americano tem sido apoiado pela percepção de investidores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) será bastante cauteloso antes de uma eventual elevação de juros, com o medo de prejudicar o crescimento econômico dos EUA. Nesta noite, o presidente do Fed, Jerome Powell, deve se pronunciar em evento, mas analistas não preveem grandes mudanças na comunicação da autoridade. / COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES