Agência Estado
postado em 26/11/2019 09:44
O dólar abriu esta terça-feira, 26, pressionado e já havia subido até máxima em R$ 4,2585 (+1,04%) no mercado à vista pouco depois das 9h, novo recorde histórico, enquanto os juros futuros chegaram a subir mais de 10 pontos-base nos prazos médios e longos. Os ativos locais reagem à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que não está preocupado com o dólar acima de R$ 4,20 e que "é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo".
O sinal do ministro reforça a percepção do mercado de que o Banco Central (BC) pode fazer o último corte de juros em dezembro.
O investidor está atento ao impacto do dólar na inflação. Na semana passada, o presidente do banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que se o patamar da moeda americana pressionar os preços, o BC poderá atuar via política monetária e não via câmbio.
A valorização do dólar ante o real é limitada de certa forma pelo desempenho quase lateral da moeda americana ante suas rivais no exterior, além dos sinais mistos próximos da estabilidade em relação a divisas emergentes ligadas a commodities, em meio a expectativas otimistas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
Às 9h32 desta terça-feira, o dólar à vista desacelerava para R$ 4,2540 (+0,94%) e o dólar futuro de dezembro subia 0,59%, a R$ 4,2535, após renovar máxima em R$ 4,2595 (+0,73%).