Economia

Sachsida diz ter fé de que demais reformas vão avançar

O secretário reconheceu que a economia vem crescendo pouco nos últimos anos, de apenas 1% ao ano, devido ao problema da baixa produtividade

Rosana Hessel
postado em 26/11/2019 17:06

[FOTO1]Em meio ao fraco crescimento da economia e a demora do governo em enviar as propostas das demais reformas estruturantes, como a tributária e a administrativa, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, tentou se apegar à religião como forma de otimismo de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, conseguirá avançar nessa agenda.

;Eu tenho fé que esse governo vai investir na agenda de reformas;, afirmou ele, durante o seminário Correio Debate: Desafios para 2020;, realizado pelo Correio, nesta terça-feira (26/11). Segundo ele, o país poderá crescer mais de 2% no ano que vem se não for feito mais nenhuma reforma. ;Mas é isso que a gente quer?;, questionou.

Sachsida reconheceu que a economia vem crescendo pouco nos últimos anos, de apenas 1% ao ano, devido ao problema da baixa produtividade. ;Tem algo estruturalmente errado no país. Ou vamos melhorar a produtividade, ou vamos continuar enternamente em voo de galinha;, defendeu ele, durante a apresentação, reconhecendo que o processo de ajuste fiscal ;está em curso; e que o governo optou para que ele seja gradual para que a economia consiga avançar de forma sustentável.

;Estamos mudando o mix de crescimento econômico. Por iso demora para decolar;, justificou. Nesse sentido, ele citou medidas microeconômicas que o governo vem adotando para reduzir a presença do estado na economia e destacou dados levantados pela SPE sobre demanda. Segundo os dados apresentados pelo secretário, a demanda do setor privado está avançando em um ritmo de quase 1,7% enquanto que a demanda do setor público encolhe 1,56%.

Ao ser questionado sobre câmbio durante o painel de abertura, Sachsida evitou fazer qualquer comentário depois que a última fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, fez o dólar disparar hoje para R$ 4,26. ;Juros e cambio são prerrogativas do Banco Central;, afirmou.

O BC chegou a fazer um leilão extraodinário pela manhã para conter a alta do dólar, mas ele suficiente para conter um novo recorde histórico da divisa no início da tarde, quando bateu novo pico, de R$ 4,27, a auturidade monetária foi obrigada a fazer uma segunda intervenção, que fez a moeda norte-americana recuar um pouco, para R$ 4,24.

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