Economia

Dívida pública cai para R$ 4,12 tri

Correio Braziliense
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postado em 27/11/2019 04:13

O estoque da dívida pública federal (DPF, dívidas do governo, dentro e fora do país, para financiamento das despesas) encerrou o mês de outubro com queda de 0,84% e ficou em R$ 4,12 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia. Em setembro, a dívida somava R$ 4,15 trilhões. No mês passado, a dívida interna baixou 0,68%, de R$ 3,99 trilhões para R$ 3,97 trilhões. E a dívida externa caiu 4,79%, em relação a setembro, em R$ 154,71 bilhões (US$ 38,64 bilhões).

O mês foi marcado por resgates líquidos e pelo recuo do dólar em relação ao real, de acordo com o Tesouro. A queda da dívida pública em outubro também está relacionada ao alto volume de vencimentos de títulos públicos, que chegou a R$ 114,07 bilhões. A emissão de papéis pelo governo somou R$ 59,43 bilhões. Já as despesas com juros (R$ 19,70 bilhões) atuaram em sentido contrário, para elevar a dívida pública, mas ficaram abaixo do volume de resgates no mês passado.

O resultado de outubro ficou dentro da programação do governo. Nas estimativas do Tesouro Nacional, feitas no início do ano, ao fim de 2019 o montante pode ficar entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões. Em todo o ano passado, a dívida teve aumento de 8,9%, segundo números oficiais.

A variação do dólar, por questões relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China, segundo o coordenador de Operações da Dívida Pública, Roberto Beier Lobarinhas, teve pouco impacto. ;Eu diria que é muito pouco relevante. Olhamos a composição da dívida cambial e não observamos variação significativa;, disse. Questionado se estava prevista uma possível atuação conjunta com o Banco Central, ele disse que não foi observado ;nada próximo da necessidade de se fazer qualquer coisa, qualquer atuação. Não há nada no radar nesse sentido;, destacou.

Entre os detentores da dívida brasileira, os não-residentes diminuíram o estoque em R$ 6,50 bilhões, o que resultou em queda na participação total de 11,42%, em agosto, para R$ 11,33%, em outubro. As instituições financeiras reduziram sua posição em R$ 29,74 bilhões, para R$ 919,92 bilhões, com queda na participação de 23,61% para 23,02%. Apenas o estoque de fundos de previdência teve aumento, passando de R$ 1,008 trilhão para R$ 1,016 trilhão, entre setembro e outubro, elevando a participação para 25,62%. (VB)


  • Tesouro Direto

    O Programa Tesouro Direto, pelo qual são feitas vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet, teve um aumento de 0,72% em outubro. O saldo das aplicações dos investidores alcançou R$ 59,19 bilhões, no mês passado. O título que conta com a maior procura dos aplicadores é o Tesouro IPCA, cujo rendimento é determinado pela variação da inflação oficial mais uma taxa de juros pré-determinada. O estoque desses papéis corresponde a 35,49% do total. Em seguida vem o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros, com 33,77% do total.

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