Economia

Presidente da Firjan pede a Bolsonaro R$ 22 bilhões em investimentos no Rio

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira e cerca de 40 empresário se reuniram com Bolsonaro nesta quinta-feira (28/11)

Ingrid Soares
postado em 28/11/2019 21:05
[FOTO1]O presidente Jair Bolsonaro, recebeu na tarde desta quinta-feira (28/11) no Palácio do Planalto o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. Ele veio acompanhado de cerca de 40 empresários. Vieira disse que, na reunião, pediu R$ 22 bilhões em investimentos no estado, em especial para a Baixada Fluminense.

Um estudo que aponta as necessidades de investimento em R$ 40 bilhões no Rio até 2026 nas áreas de saneamento básico, mobilidade urbana, educação e segurança foi encaminhado ao chefe do Executivo. Desse montante, apontou, o estado só será capaz de pagar R$ 18 bilhões, devido a restrições impostas pelo Regime de Recuperação Fiscal.

Vieira ressaltou ainda a condição histórica do estado, por não ter recebido compensação por ter deixado de ser a capital do país, em 1960.

;Estamos recordando ao presidente da República esse fato histórico, esse drama que a população está passando, e advogando que entre 2020 e 2026, nós vamos precisar nessa região perto de 40 bilhões de reais de investimento, e o estado do Rio no máximo vai poder investir R$ 18 milhões;.

E emendou: "O estado do Rio de Janeiro, que é o segundo estado em PIB [Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país] do Brasil, está entre os seis mais desiguais do Brasil. Como o Rio está em recuperação fiscal, ele tem um limite de investimento", disse.

Segundo ele, a Baixada Fluminense, que concentra 13 milhões de habitantes, que são 70% da população do estado, sofre com problemas sociais graves, como falta de saneamento básico em 60% das residências e déficit habitacional de 113 mil moradias.

"O que nós viemos ponderar é que nos investimentos globais do Brasil, nessas matérias, que se olhe o Rio, não com privilégio, mas com uma alocação de recursos equivalente não apenas a esse desassistimento social, mas também um pouco pelo período histórico", argumentou.

Ele afirmou que o presidente foi simpático com a ideia, mas não houve ações práticas na conversa. ;Bolsonaro disse que consultaria a equipe de governo para ver como apoiar a demanda. Foi um documento entregue para reflexão;, ponderou.

Vieira destacou ainda que o desentendimento entre Bolsonaro e o governador do Rio, Wilson Witzel não pode se tornar um empecilho para as ações. ;Entendo que esteja havendo um incômodo, mas apesar disso tudo temos 70% da população do Rio com esse problema, não é possível que fiquemos apenas no problema do relacionamento pessoal e não nos dediquemos ao drama;, concluiu.

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