Economia

Trabalho informal bate recorde

postado em 30/11/2019 04:14
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A taxa de desemprego no Brasil foi de 11,6% no trimestre de agosto a outubro de 2019, o que significa que o país ainda tem, oficialmente, 12,4 milhões de desempregados. O percentual ficou estável em relação ao trimestre anterior, encerrado em julho (11,8%), e ao mesmo período de 2018 (11,7%), de acordo com Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, há ainda 11,9 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada, um recorde na série histórica, e 24,4 milhões de trabalhadores por conta própria (3,9% a mais que 2018), ou seja, vivendo de bicos e na informalidade, outro recorde.

Adriana Beringuy, analista da pesquisa, destaca que ;a estabilidade da taxa de desocupação está relacionada a um crescimento menor da população ocupada no trimestre móvel encerrado em outubro;. Após crescer 1,3% entre maio e julho, com acréscimo de 1,2 milhão de trabalhadores, o aumento no trimestre que vai de agosto a outubro foi de 0,5%, cerca de 470 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Com isso, o contingente de ocupados passou de 93,6 milhões entre maio e julho para 94,1 milhões de agosto e outubro. E a população fora da força de trabalho (64,9 milhões de pessoas) ficou estável.

Cesar Bergo, sócio consultor da Corretora OpenInvest, observou que o desemprego mostra tendência de queda, embora muito lenta. Novembro e dezembro, como acontece usualmente, devem apresentar resultados melhores. ;A melhora, no entanto, não será na mesma velocidade da queda, já que o crescimento econômico, em 2019, ficará em torno de 1%. Talvez, no final de 2020, cheguemos a uma retração de 10% da desocupação, para cerca de 10 milhões de pessoas desempregadas;, assinalou.

Para que isso ocorra, disse Bergo, é preciso que a reforma da Previdência comece a mostrar seus efeitos na prática e que o dólar entre nos eixos (a moeda já acumula alta de 27% desde 2018). ;A subida do dólar trava os investimentos das empresas. Elas têm que importar bens de capital para depois começar a empregar;, reforçou Bergo.

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