Economia

Selic pode baixar para 4,5% ainda este ano, diz Bolsonaro

Chefe do Executivo federal está na ''torcida'' pela queda da taxa básica de juros. Caso índice seja revisado, presidente da Caixa afirma que o banco reduzirá as taxas do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito

Augusto Fernandes
postado em 02/12/2019 13:55
[FOTO1]O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (2/12) que a taxa básica de juros do país, a Selic, pode ser revisada ainda antes do fim de 2019. A tendência, de acordo com o chefe do Executivo federal, é de que o indicador seja reduzido de 5% ao ano para 4,5% ao ano. Na próxima semana, Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fará reunião que deve selar a mudança.

Bolsonaro comentou sobre o tema durante evento da Caixa sobre inclusão de pessoas com deficiência, ao ser questionado pela plateia. "Com essa política dele [Pedro Guimarães, presidente da Caixa] de reduzir a taxa de juros, você aumenta o número de clientes, diminui a inadimplência e, em consequência, aumenta o lucro. É fácil, né?", analisou.

O presidente ainda fez críticas ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff, a quem acusou de ter "reduzido a taxa de juros a canetadas". ""Eu não entendo de economia. Aquela que entendia (Dilma Rousseff) está pagando uma conta altíssima. Também naquela época reduziu a taxa de juros na canetada. Hoje sem canetada está em 5%. Deve chegar a 4,5%, eu torço, né?", declarou Bolsonaro.

Presente no evento, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que se a redução for concretizada, o banco anunciará novos cortes juros cobrados dos clientes, principalmente nos do cheque especial e do cartão de crédito

"Foi por isso que nós reduzimos a taxa de cheque especial de 14% a 4,99%, e semana que vem, se houver uma redução da Selic, se houver, já estou falando aos senhores em primeira mão, porque já houve a aprovação matemática, nós faremos mais reduções no cheque especial e no rotativo do cartão de crédito, entre outros", garantiu.

Além disso, Guimarães revelou que a Caixa quer aumentar a oferta de microcrédito aos brasileiros mais pobres.

"A Caixa vai ser o banco do microcrédito. Nós faremos uma viagem à Índia e à China e ano que vem vamos anunciar uma revolução no microcrédito. Faremos uma operação para 20, 30 milhões de brasileiros, que hoje não tem nada e quando eles têm que tomar dinheiro eles vão tomar a 5%, 10%, 15% até 22% ao mês, num país que tem 3% de inflação ao ano e 5% de juros ao ano, não é correto você cobrar exatamente daquele mais humilde, 10%, 15%, 20%", frisou.

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