postado em 04/12/2019 06:00
[FOTO1]Um dos setores que puxaram o avanço da economia foi o de serviços. O crescimento de 0,4% no terceiro trimestre, ainda modesto ganhou destaque entre os dados do Produto Interno Bruto (PIB). Porém, as pessoas não devem se animar tanto. Para o professor de economia da UnB Roberto Piscitelli, o aumento não pode ser comemorado, pois outras áreas ainda estão em defasagem, principalmente o emprego, que é o verdadeiro motor da economia.;Não é animador o desempenho do setor de serviços nem o de consumo, para dizer que deu um impulso na economia. Acho que existe muito otimismo e análises feitas em cima de indicadores de curto prazo. A gente sabe que o terceiro e o quarto trimestres dão uma aquecida na economia. Este ano tem o FGTS, que está injetando algum dinheiro no mercado, 13; salário, festas de final de ano. Quer dizer, a gente não sabe como vai ser ano que vem, se vai repetir. É difícil dizer que vai se manter;, afirmou o professor.
Piscitelli disse, ainda, que é preciso certa moderação e muita cautela com os números, pois o período gera um crescimento natural, porém sazonal. ;Não dá para ser tão otimista ao ponto de fazer as pessoas gastarem e se endividarem. É o mesmo que acreditar em voo de galinha. A propaganda não pode iludir as pessoas e, quando chegar o fim do próximo ano, estar todo mundo no sufoco. A economia só vai evoluir de fato quando melhorar o mercado de trabalho;, avalia.
Entre os segmentos que se destacaram no setor de serviços, os Correios informaram que registraram nesta terça-feira (3/12) o maior número de encomendas da história: mais de 2 milhões de objetos foram postados em um único dia. No ano passado, a marca foi de 1,5 milhão de encomendas. ;Da primeira hora da Black Friday, na sexta-feira, até as 18h desta terça-feira, foram recebidas mais de 4,8 milhões de encomendas. A expectativa da empresa para 2020 é de crescimento, alinhado à previsão de aumento do consumo da população, principalmente no que se refere às compras on-line, setor em que os Correios se posicionam como principais parceiros das pequenas e grandes empresas;, disse a empresas, em nota.