postado em 04/12/2019 04:15
O mercado de ações tem sido uma das portas de entrada de investidores interessados nos possíveis ganhos com a maconha. A Medical Marijuana Inc. foi a primeira empresa a ser listada em bolsa nos Estados Unidos. Tem crescido também o número de empresas de outros setores, como o de bebidas e de cosméticos, que têm se aproximado desse setor em busca de parceria ou como investidores, por conta de expectativa de aumento do consumo de derivados da cânabis no mundo.
Há pouco mais de um mês, uma gestora brasileira lançou o primeiro produto financeiro formado exclusivamente por ativos da indústria da cannabis. O fundo Vitreo Canabidiol FIA IE teve uma procura acima do esperado e a expectativa era que atraísse aportes totais de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões.
A gestora levou seis meses na estruturação do produto. O primeiro fundo brasileiro lastreado em negócios da cânabis é formado por ações de empresas americanas e canadenses que atuam nesse segmento e por ETFs (abreviação para Exchange Traded Funds, como são chamados os fundos de índices comercializados como ações). As empresas que compõem o fundo têm negócios diversificados no setor: atuam na atividade agrícola, imobiliária (por meio de galpões em que as plantas são cultivadas), cosméticos, bebidas e farmacêutico.
Tabu
Na época do lançamento, George Wachsmann, CEO da Vitreo, disse aos Diários Associados que estava preparado para possíveis polêmicas em torno do tema. ;São tabus em uma sociedade conservadora, mas não estamos tomando partido nem de um lado, nem de outro. Iniciativas como esse fundo poderão colaborar para dar mais clareza sobre o assunto. Particularmente, ficarei muito feliz que mais doenças possam ser tratadas e seus sintomas melhorados;, declarou, na ocasião.