Agência Estado
postado em 09/12/2019 10:02
As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam próximas da estabilidade na manhã desta segunda-feira, 9, com leve viés de alta na ponta curta, em meio ao compasso de espera dos investidores pelas reuniões de política monetária dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, que na quarta-feira decidem sobre as taxas básicas de juros.
Um dos destaques da manhã é o Boletim Focus do Banco Central, que mostrou elevação das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, de 0,99% para 1,10%, e também para 2020, que subiu de 2,22% para 2,24%.
O documento do Banco Central também mostrou aumento nas estimativas para o IPCA de 2019, de 3,52% para 3,84%. Para 2020, no entanto, a projeção manteve-se inalterada na semana passada, em 3,60%. Para a taxa Selic, também não houve alteração nas projeções, que mantiveram-se em 4,50% para este e o próximo ano. Houve alteração nas projeções da taxa básica em 2021, passando de 6,00% para 6,25%.
Outro dado divulgado neste início de dia foi o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de novembro, que mostrou inflação de 0,85%, ante 0,55% em outubro. A taxa ficou acima da mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, de 0,76%. Na última semana, o IPCA do mês passado ficou em 0,51% e também excedeu a mediana, que era de 0,47%. A taxa acima do estimado não impediu a redução dos prêmios, embora a precificação para a reunião do Copom de fevereiro, mas a precificação para a Selic em fevereiro continuou a indicar corte de 10 pontos-base, numa evidência da divisão de apostas entre a manutenção da taxa e um corte de 25 pontos.
Às 9h42, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 4,620%, ante 4,599% do ajuste de sexta-feira. O vencimento de janeiro de 2023 tinha taxa de 5,74%, de 5,72%. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2025 projetava 6,35%, a mesma do ajuste anterior e o de janeiro de 2027 apontava 6,69%, ante 6,70%.