Economia

Chance de ter mais dinheiro na inatividade

Presidente do Funpresp-Exe, Ricardo Pena avisa: servidor que ficar de fora correrá mais riscos para conseguir um retiro satisfatório

postado em 12/12/2019 04:05
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O servidor do Poder Executivo que não aderir ao Funpresp-Exe se arrisca a ter dificuldades na complementação da aposentadoria, sobretudo num momento da economia de juros mais baixos e menor rentabilidade dos investimentos. O alerta é de Ricardo Pena, presidente da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe). Na entrevista concedida ao CB.Poder ; parceria do Correio com a TV Brasília, quarta-feira ;, quem ficar de fora correrá maiores riscos para garantir um retiro satisfatório.

;Ele (o funcionário público) pode optar pelo fundo privado, mas não tem a contrapartida que oferecemos. Na Funpresp, tem que pagar 8% do salário com contrapartida de até 8,5%;, destacou. Segundo dados do site da fundação, até novembro 91.701 servidores tinham participação, além de R$ 22,2 bilhões de patrimônio e 10% de rentabilidade em 12 meses para os participantes.

Ricardo salientou que a adesão é automática, pois todos os servidores aprovados em concurso público estão automaticamente inscritos na Funpresp. Mas quem não quiser ficar tem 90 dias para desistir. ;Existia uma taxa de adesão de 11% e, com esse novo regime de inscrição automática, passou para quase 90%. O regime é facultativo, mas isso trouxe mais confiança para os servidores.;

A portabilidade é permitida. Ricardo explicou que ;o servidor que, por exemplo, era do setor privado e tinha sua previdência em um banco privado, vai pegar a reserva que tem e pode levar para a Funpresp.;

Integralidade


A aposentadoria integral, no funcionalismo, sempre foi razão de crítica, de vários setores da sociedade. Mas Ricardo garante que, hoje, é ;ficção;. ;Está se reformando a previdência e é preciso abrir mão disso. Na Funpresp, o servidor passa a ter direito ao teto e mais um benefício, que é a proporção do tempo de trabalho.; Aliás, sobre a reforma, Ricardo a considerou positiva, pois passou a incentivar a capitalização. ;Foi feita uma reforma paramétrica no regime próprio dos servidores. Significa que, para a previdência do servidor, vai ter que contribuir por mais tempo ou ter um serviço de previdência complementar. Vai poder juntar mais e, consequentemente, pode ter um benefício maior também.;

Sobre fraudes, Ricardo afirmou que foram feitos esforços e foi mudado o estatuto da fundação, que, ao final, acabou excluindo até políticos da gerência do Funpresp-Exe. ;Os diretores e conselheiros têm que ser participantes (do fundo). Então, têm que colocar dinheiro. A escolha dos dirigentes é por processo seletivo público e, por conta dos parâmetros que estamos criando, vamos reduzir o risco da ingerência política.;

* Estagiário sob supervisão de Fabio Grecchi

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