Economia

Fraude em passagens custou US$ 1,4 bi nas Américas; metade é do Brasil

O estudo da Iata apontou que de todas as fraudes envolvidas com cartão de crédito, 46% dos fraudadores usam o meio de pagamento para comprar passagens aéreas

Agência Estado
postado em 12/12/2019 13:03
[FOTO1]Em plena era digital, muitos passageiros costumam ser contatados após comprar uma passagem pela internet. A confirmação - até mesmo por telefone - costuma vir das companhias de cartões, agências e até mesmo da própria aérea responsável. O motivo: fraudes cometidas por meio de cartões de crédito foram responsáveis por trazer um impacto negativo de US$ 1,4 bilhão à indústria de transporte aéreo nas Américas em 2019. Os dados foram divulgados pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), durante apresentação à imprensa, em Genebra.

O vice-presidente regional para as Américas da associação, Peter Cerdá, estimou que deste total, pelo menos 50% devem ser no Brasil. "O porcentual pode ser maior", disse, destacando o tamanho do país e características do mercado local.

Os números sobre fraude começaram a ser coletados no ano passado pela Iata, mas como nem todos os mercados apresentaram atualizações em 2018 ainda não é possível fazer uma base de comparação com 2019.

O estudo da Iata apontou que de todas as fraudes envolvidas com cartão de crédito, 46% dos fraudadores usam o meio de pagamento para comprar passagens aéreas. Enquanto isso, por exemplo, 16% usa o cartão - clonado ou roubado, por exemplo - para fazer transferências e 5% para comprar roupas.

Conforme o levantamento da Iata, o setor de transporte aéreo perde cerca de 1% da sua receita por causa de fraudes. Além disso, 4,4% das reservas de passagens são canceladas ou rejeitadas diante de suspeitas de fraude, assim como 7,4% das reservas precisam passar por revisão manual para determinar a autenticidade dos compradores e transações.

"A compra fraudulenta de passagens se tornou um problema na região. A Iata está trabalhando ativamente com as companhias aéreas e as instituições financeiras para evitar tais práticas", apontou Cerdá.

*O jornalista viaja a convite da Associação Internacional de Transporte Aéreo

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