postado em 13/12/2019 04:14
O volume de serviços produzidos no país avançou 0,8% em outubro ante o mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o faturamento foi 2,7% maior. Os valores representam a segunda taxa positiva consecutiva e a sexta não sequencial de 2019. Também é o melhor resultado para meses de outubro desde 2012, quando o setor avançou 1%.
Já no acumulado de janeiro a outubro deste ano, o volume de serviços mostrou expansão de 0,8%. Em 12 meses, o indicador avançou 0,8%. Após o resultado, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) manteve a previsão de crescimento de 1% do setor neste ano. Para 2020, a confederação prevê um ritmo mais forte, elevando de 1,7% para 1,9% a expectativa de crescimento do setor.
Na avaliação do coordenador do curso de Ciências Econômicas do Iesb, Riezo Almeida, o resultado, ao lado de outros indicadores macroeconômicos, confirma os sinais de melhoras da atividade econômica no país.
O economista da CNC Fabio Bentes explicou que a agenda econômica pós-previdência tem aberto espaço para medidas de estímulo ao consumo e aos investimentos. ;A inflação baixa tem pavimentado a redução dos juros básicos, permitindo que o setor alcance o primeiro crescimento anual desde 2014;, afirmou.
Rodrigo Lobo, gerente de pesquisa do IBGE, destacou que o crescimento de outubro foi disseminado, não se concentrando somente em um segmento. ;O faturamento do setor está em um patamar de 9,7% abaixo do ponto mais alto da série, ocorrido em novembro de 2014. Também é o maior patamar desde julho de 2016, portanto há uma recuperação de três anos e três meses;, disse.
O IBGE mostrou que, dos cinco segmentos pesquisados, quatro tiveram expansão. O destaque ficou com as atividades de informação e comunicação, que avançaram 3,2%, sendo o principal impacto positivo sobre o índice geral. A única influência negativa no acumulado do ano ficou com o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com queda de 2,7%. O recuo foi pressionado pelo menor volume de receitas de transporte rodoviário de cargas, de operação de aeroportos e de transporte rodoviário coletivo e aéreo, sendo ambos de passageiros.