Economia

Ibovespa recua após Trump citar notícia 'errada' sobre acordo EUA-China

Agência Estado
postado em 13/12/2019 11:25
O apetite ao risco que contaminou as bolsas internacionais influenciou os negócios na B3 na abertura, que chegou a operar na máxima aos 112.809,71 pontos, diante da possibilidade de anúncio de conclusão da fase 1 do acordo comercial entre Estados Unidos e China nesta sexta-feira, 13, e o resultado das eleições gerais no Reino Unido são os vetores do otimismo. No entanto, após 11 horas, o Ibovespa passou a cair, após novas informações sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. No Twitter, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que o The Wall Street Journal "está completamente errado sobre redução de tarifas à China". Após mais de um ano de escalada de tensões, os dois países tentam chegaram a um acordo, diante da proximidade da imposição das novas tarifas para importados chineses, no domingo. Há informações de que Pequim teria aceitado comprar US$ 50 bilhões em produtos agrícolas dos EUA em 2020, como parte do acerto. Já o governo norte-americano teria suspendido a implementação de novas tarifas de importação, programadas para entrar em vigor no domingo, além de reduzir tarifas já existentes. No Reino Unido, o resultado das eleições gerais indicou uma vitória com boa vantagem do Partido Conservador, o que deve dar o apoio necessário para o Brexit. "Sendo assim, as notícias de ontem reduziram consideravelmente os dois principais riscos globais que estavam no radar e dão conforto para a nossa expectativa de melhora do ambiente global em 2020" avalia o Bradesco. A MCM lembra que a onda protecionista, iniciada em 2018, tem prejudicado o comércio mundial e a produção industrial do planta. O efeito deletério desse processo sobre o crescimento, escreve a consultoria, poderá se dispersar mais rapidamente, se os aumentos de tarifas já anunciados forem revertidos, total ou parcialmente, como parece ser o caso desta vez. Aqui no Brasil, a economia continua crescendo, como retratou há pouco o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Em outubro ante setembro, o indicador subiu 0,17%, ficando aquém da mediana de 0,25% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast (-0,10% a alta de 0,84%), após 0,48%, após dado revisado. Já em relação a outubro de 2018, cresceu 2,13%, superando a mediana de 2,10% (1,30% a 2,50%). O investidor ainda avalia a notícia de que a Via Varejo, após informações de que uma investigação independente realizada por um comitê encontrou indícios de irregularidades contábeis na companhia. Já a B3 anunciou projeções para 2020 e revisão de determinadas linhas referentes a 2019, enquanto a Petrobras anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem a "intenção de avaliar" a venda de sua participação em ações ordinárias na petrolífera, por meio de uma oferta pública de distribuição secundária de ações, com esforços no exterior. Quanto à Suzano, a empresa informou um plano de investimentos de R$ 4,4 bilhões para o ano de 2020, que serão aplicados em manutenção e expansão de seus negócios.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação