Economia

Bolsas de NY renovam recordes, com comércio EUA-China e dados no radar

Agência Estado
postado em 17/12/2019 21:01
As bolsas de Nova York fecharam a terça-feira em alta modesta, mas suficiente para renovar os recordes de fechamento do dia anterior. O apetite por risco foi contido pelo compasso de espera para a assinatura do acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China. O governo americano informou ontem que o pacto deve ser oficialmente firmado no começo de janeiro. Dados sobre produção industrial nos EUA e construção de moradias ajudaram a manter o mercado acionário no território positivo. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,11%, em 28.267,16 pontos. O Nasdaq avançou 0,10%, a 8.823,36 pontos e o S 500 finalizou o pregão com leve alta de 0,03%, a 3.192,52 pontos. Destaque para ações do setor financeiro, com ações do Goldman Sachs em valorização de 1,36%, Citi Group em alta de 1,08% e Bank of American com elevação de 0,98%. As ações da Boeing, que foram impactadas ontem pela notícia da paralisação na produção do MAX 737, temporariamente, em janeiro, fecharam hoje estáveis. Analistas de mercado já alertam para impacto direto no PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos, já no primeiro trimestre de 2020. Na área de tecnologia, de acordo com estimativas feitas por analista da Rosenblatt Securities, as vendas totais da Apple para a China caíram 30% em novembro, e devem cair ainda mais diante do lançamento de smartphones 5G chineses. As ações da empresa, no entanto, fecharam o dia em alta de 0,20%. Em relação à guerra comercial, apesar das expectativas positivas com o anúncio do acordo sino-americano, ainda faltam informações e detalhamento sobre pontos importantes do entendimento, fundamental para refrear as tensões comerciais globais. A Bloomberg informou que a China planeja reiniciar as compras de etanol dos EUA, para cumprir o acordo comercial "fase 1" comprando entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões por ano em produtos agrícolas americanos. Já governo chinês considera reorientar o comércio, que atualmente passa por Hong Kong, para os portos do continente, permitindo que cerca de US$ 10 bilhões por ano em mercadorias transportadas dos Estados Unidos para lá sejam diretamente estocadas no continente, aumentando a contagem de importações. Os investidores acompanharam, também, indicadores americanos divulgados hoje. As construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos avançaram 3,2% em novembro contra o mês anterior, superando expectativas. E a produção industrial subiu 1,1% na passagem de outubro para novembro, também acima das previsões. Para Ryan Detrick, estrategista da LPL, o mercado acionário ainda tem fôlego para altas no restante do ano. "A maioria dos ganhos de dezembro costumava ocorrer na segunda metade do mês, então ainda temos tempo para acreditar no Papai Noel", afirma o analista. Ainda de acordo com a instituição, com nova clareza sobre o comércio EUA-China e as recentes eleições no Reino Unido, pode haver uma boa chance de que o mercado de ações ofereçam outro "desempenho estelar" durante este período festivo do ano. / COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES

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