Economia

Crescer o dobro em, 2020 é projeção ''conservadora'' para Paulo Guedes

Ministro da Economia faz balanço positivo sobre primeiro ano de governo e avisa: nem começamos

Rosana Hessel
postado em 18/12/2019 22:06

[FOTO1]Ao fazer um balanço positivo sobre 2019 e projeções para 2020, o ministro da Economia, Paulo Guedes reafirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer ;o dobro; do registrado neste ano. Essa projeção, segundo ele, é ;conservadora;.

;Foi um ano duro, mas extraordinariamente positivo. Fizemos reformas estruturais importantes e nem começamos. Ano que vem, todo mundo (da equipe) já sabe. Temos que chegar como se fosse o primeiro ano de novo;, afirmou Guedes, nesta quarta-feira (18/12), a jornalistas.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, também fez um balanço positivo da economia. Ele acredita que o país conseguirá crescer 2,5% no ano que vem e o quadro fiscal está melhorando em função das devoluções do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de R$ 123 bilhões, neste ano, e com a redução da taxa básica de juros (Selic), de 6,5% para 4,5% ao ano. Pelas cálulos de Guedes, juros menores proporcionaram uma economia média em torno de R$ 100 bilhões na conta de juros.

Pelas estimativas de Mansueto, a dívida pública bruta deve encerrar o ano em 77% do PIB, uma variação pequena se comparada com a taxa de 76,3% do PIB em 2018 . ;Estamos antecipando o cronograma de três anos. Isso muda a trajetória de dívida da pública e vai nos permitir uma recuperação do grau de investimento em pouco tempo;, afirmou Mansueto. Ele espera que, no ano que vem, a nota do país deverá ter um upgrade.

O chefe do Tesouro e Guedes lembraram que, no início do ano, como a economia não estava reagindo em função do atraso da reforma da Previdência, foi necessário fazer um contingenciamento de R$ 34 bilhões no Orçamento. Após a aprovação da reforma, que acabou tendo um impacto robusto de R$ 800 bilhões em 10 anos, os recursos foram desbloqueados, mas agora, há vários ministérios querendo devolver o dinheiro liberado porque não têm como gastar.

Após citar a despesa com juros como a segunda maior despesa da União, depois da Previdência, o ministro reforçou a necessidade de reduzir gasto com pessoal e defendeu a reforma administrativa que está sendo elaborada pelo secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel. ;A ideia é reduzir número de carreiras, aumentar o desempenho dos funcionários e focar em áreas que demandam mais pessoas para mudanças importantes, alinhadas com as melhores práticas internacionais do setor público;, disse Uebel. Ele lembrou que o gasto com pessoal no setor público é um dos ;mais altos do mundo;, de 13,6% do PIB, enquanto que, nos Estados Unidos e no Reino Unido, essa taxa é de 9,5% e de 9,9%, respectivamente.

;A reforma administrativa é necessária. Temos que modernizar a máquina para dar um retorno maior em saúde, educação, segurança e saneamento;, afirmou. Segundo Uebel, com a redução de cargos comissionados e extinção de cargos em curso, o ritmo de crescimento da despesa com pessoal ativo passou de 1,88%, entre janeiro e novembro de 2018, para 0,44%, no mesmo período deste ano, somando R$ 84,68 bilhões.

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