postado em 20/12/2019 04:05
Após um ano com bastante volatilidade para as moedas de países emergentes, o dólar amte o real atingiu um novo patamar. O Banco Central prevê que a cotação da moeda norte-americana permaneçerá acima de R$ 4 por um período mais longo, segundo disse o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, ao divulgar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Pelas estimativas apontadas no documento, a divisa norte-americana encerrará 2019 a R$ 4,15, passando para R$ 4,10, em 2020; e para R$ 4, em 2021. Campos Neto destacou que existem várias explicações, globais e domésticas, para esse ;novo patamar; do dólar mais valorizado, apesar de uma melhora nos indicadores de risco do país.
Uma delas é a continuidade do crescimento dos Estados Unidos. Outro motivo são os juros brasileiros, de 4,5% ao ano, o que leva as empresas a efetuarem pré-pagamento de dívidas no exterior. Segundo Campos Neto, os juros ;não estão atraente; para os investidores estrangeiros. Dados preliminares do fluxo cambial indicam a saída líquida de US$ 35,4 bilhões entre janeiro e 13 de dezembro. O deficit de transações correntes deverá continuar aumentando, passando de US$ 41,5 bilhões, em 2018, para US$ 51,1 bilhões, neste ano. Em 2020, o saldo negativo será de US$ 57,7 bilhões. Esse aumento do saldo negativo está relacionado à saída de investidores estrangeiros do país e à piora da balança comercial.(RH)