Economia

99.232 vagas em novembro

Abertura de postos de trabalho com carteira assinada foi a melhor para o mês desde 2010. Especialistas acreditam que a retomada da economia ajudará a reduzir o desemprego no ano que vem

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 20/12/2019 04:05
Salão de Bezeza no Guará: setor de serviços foi um dos que tiveram saldo positivo na criação de vagas

Novembro foi o oitavo mês consecutivo a registrar expansão de empregos com carteira assinada. Foi o melhor novembro desde 2010, de acordo com os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, divulgados ontem. Houve criação de 99.232 postos de trabalho, resultado de 1.291.837 admissões e de 1.192.605 desligamentos.

Até novembro, havia 39,4 milhões vínculos formais registrados no país no total, o que representa variação positiva de 0,25% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, foram criados 948.344 empregos. E nos últimos 12 meses, 605.919. Em comparação a novembro de 2018 (38.752.853 vínculos), o trabalho com carteira assinada teve avanço de 58.664 postos.

O resultado ficou muito acima das expectativas do mercado. A tendência, de acordo com analistas, é de queda gradual e lenta no índice de desemprego no país, atualmente em 11,6%, pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)relativos ao trimestre agosto-outubro.

Perspectivas

Para César Bergo, sócio-consultor da Corretora OpenInvest, as notícias de que o Congresso espera aprovar a reforma tributária em 2020 dias e agilizar a aprovação da proposta de mudanças no Pacto Federativo, com impactos positivos na negociação de dívidas de estados e municípios, reforçaram a sensação de serenidade. Para ele, as perspectivas aumentam a confiança na retomada do crescimento econômico e, consequentemente, nas contratações. ;A partir de 2020, a economia vai crescer e, com isso, teremos mais oferta de vagas, principalmente nas áreas de serviço, comércio e construção civil. Principalmente a construção, com a retomada dos empréstimos e redução das taxas de juros;, disse.

Em novembro de 2019, três setores tiveram evolução no nível de emprego e cinco perderam postos. O comércio puxou a alta, com 106.834 vagas a mais, seguido por serviços (44.287) e serviços industriais de utilidade pública (419). Perderam postos os setores de extrativa mineral (-290), administração pública (-652), construção civil (-7.390), agropecuária (-19.161) e indústria de transformação (-24.815 ).

Regiões

Entre as regiões, quatro apresentaram saldo de emprego positivo e apenas uma, negativo. O Sudeste registrou aumento de 51.060 postos (0,25%); o Sul, 28.995(0,40%); o Nordeste, 19.824 (0,31%); o Norte, mais 4.491 (0,25%). Apenas o Centro-Oeste reduziu as oportunidades (-5.138, ou -0,16%). Os maiores saldos de emprego ocorreram em São Paulo, com mais 23.140 vagas (0,19%); Rio de Janeiro, com 16.922 novos postos (0,51%); e Rio Grande do Sul, com acréscimo de 12.257 postos (0,48%). Os menores saldos de emprego ocorreram em Goiás, com queda de 4.587 postos (-0,37%); Mato Grosso, com redução de 2.437 vagas (-0,34%); e Mato Grosso do Sul, baixa de 830 postos (0,16%).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação