Economia

Volta por cima requer confiança

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 26/12/2019 04:13

Sobreviver a crise que levou o Brasil a mais severa recessão da história foi como um renascimento. Que o diga Nídias Dias-Mendes, dona de um espaço de atividades que misturam astrologia e arquitetura no Sudoeste, área nobre de Brasília. Ela passou por diversas dificuldades e chegou a vender bens materiais para salvar o empreendimento. Os problemas realmente foram grandes, ressalta a empresária, pois, no momento da crise, havia recém-reformulado seu negócio.

Segundo a arquiteta, foi um momento errado para as modificações. ;Tive que enfrentar alguns calotes de clientes. Os prejuízos levaram ao fechamento da marcenaria que tinha com meu pai. Isso abalou bastante os negócios. Estávamos vindo com uma proposta nova e, ao mesmo tempo, enfrentando dificuldades. Foi bem difícil;, conta.

Quando se formou em arquitetura pelo Centro Universitário de Brasília, Nídia queria mudar o jeito de conduzir a profissão. Não queria apenas desenhar e estruturar casas, apartamentos e comércios, mas executar tudo como um processo terapêutico para transformar o jeito de encarar a vida. Foi, então, que surgiram os cursos de Quiromância, Reike I, Astrologia, tarô e Constelação Familiar, que ela abraçou.

Ao mesmo tempo, ministrou aulas de desenho para a prova específica da Universidade de Brasília (UnB), o que gerou, no entender dela, uma percepção aguçada sobre as criações de imagens e desenvolvimento expressivo daquilo que quer transmitir às pessoas por meio do seu trabalho.

Mundo digital


Apesar dos percalços, a arquiteta acredita que sempre há oportunidades de crescer em períodos de dificuldades. ;Os problemas que enfrentei me possibilitaram um outro caminho, a ter mais criatividade, a buscar alternativas inovadoras. Acho que a crise trouxe mais oportunidades que, antes, não estava percebendo;, afirma. ;Também me fez encarar o mundo digital, que é extremamente importante nesse aspecto de negócios;, relata.

A empresária diz que, em nenhum momento, pensou em parar com o negócio. ;Na verdade, tive que sacrificar algo e abrir mão de algumas coisas, como minha casa. Também tive que vender meu carro. Tudo para pagar dívidas. Tive que me precaver para dar a volta por cima;, frisa.

Vencida a crise, a arquiteta se diz vitoriosa. ;Eu me sinto vitoriosa, porque realmente acreditei que era possível, não fiquei olhando o tempo passar. Fui e fiz o que estava de acordo com as minhas possibilidades, claro, com aquilo que tinha de base e experiências. Estou aqui, graças a Deus, confiante e focada.; (AP)

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