Agência Estado
postado em 27/12/2019 12:48
Faltou trabalho para 26,576 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em novembro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa composta de subutilização da força de trabalho diminuiu de 24,3% no trimestre até agosto para 23,3% no trimestre até novembro.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
No trimestre até novembro de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,8%.
Subocupação por insuficiência de horas
A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 7,4% no trimestre até novembro, ante 7,7% no trimestre até agosto, conforme o IBGE.
O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.
Em todo o Brasil, há 6,947 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.
Na passagem do trimestre até agosto para o trimestre até novembro, houve um recuo de 286 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 35 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.
Desalento
O Brasil tinha uma população de 4,656 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em novembro, segundo o IBGE.
O resultado significa 56 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em agosto. Em um ano, seis mil pessoas a menos estavam em situação de desalento.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Massa de salários
A massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 6,179 bilhões no período de um ano, para R$ 215,104 bilhões, uma alta de 3,0% no trimestre encerrado em novembro de 2019 em relação ao mesmo período de 2018.
Na comparação com o trimestre terminado em agosto, a massa de renda real subiu 2,1%, com R$ 4,498 bilhões a mais. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve alta de 1,1% na comparação com o trimestre até agosto, R$ 26 a mais.
Em relação ao trimestre encerrado em novembro do ano passado, a renda média teve alta de 1,2%, para R$ 2.332, R$ 27 a mais que o salário de um ano antes.
População desocupada
O Brasil tinha 11,863 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em novembro deste ano, segundo o IBGE.
Houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior: há menos 300 mil desempregados ante novembro de 2018, o equivalente a um recuo de 2,5%.
O total de ocupados cresceu 1,6% no período de um ano, o equivalente a 1,501 milhão de pessoas a mais trabalhando, para um recorde de 94,416 milhões.
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 11,6% no trimestre até novembro de 2018 para 11,2% no trimestre encerrado em novembro de 2019. No trimestre até agosto deste ano, a taxa de desemprego estava em 11,8%.
O contingente de inativos aumentou 0,4% em novembro deste ano ante novembro do ano passado, 264 mil pessoas a mais nessa condição.
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 55,1% no trimestre até novembro deste ano, ante 54,7% no trimestre até novembro de 2018. No trimestre até agosto de 2019, o nível de ocupação era também de 54,7%.