Economia

Uma doce alternativa de inspiração japonesa

postado em 28/12/2019 04:04
André e Gabriela produzem biscoitos e vendem em restaurantes e cafés

Okashi significa doce em japonês. André Simabuku, 25 anos, e a namorada Gabriela Ribeiro, 23, viram na palavra japonesa a saída para o desemprego que enfrentavam a partir da receita de biscoitos amanteigados da avó dele. Em 2017, o casal decidiu começar a produção na cozinha dos seus pais. De início, somente saíam biscoitos sabor baunilha e eram vendidos na família como uma renda extra.

A primeira conquista foi a parceria com um restaurante no Parque da Cidade, em Brasília, para o qual passaram a fornecer biscoitos mensalmente. A bolacha era servida acompanhando o café após a refeição, mas também ficava disponível em saquinhos menores, como brindes para os clientes que pedem comida via aplicativo.

;Fazer os biscoitos exige tempo, disposição e dinheiro. Para alcançar o nosso objetivo de vendas, tivemos que abrir mão de saídas nos finais de semana e até de pequenos luxos, como comer fora ou viajar. Mas todo o tempo gasto nos preparos dos biscoitos, assim como o dinheiro investido, vale a pena quando recebemos o feedback dos nossos clientes satisfeitos;, relata André.

Em janeiro de 2019, Gabriela engravidou e a necessidade de aumentar os rendimentos bateu à porta. Assim, passaram a oferecer outros sabores de biscoitos e os lucros começaram a aumentar em junho. O casal partiu para uma divulgação mais ativa nas redes sociais e passou a produzir cartões de visita, que acompanham os produtos. Além disso, André e Gabriela buscam parcerias com outras lojas independentes de Brasília a fim de promover a marca.

;Aprendemos um pouco mais como sobreviver e se adequar ao comércio informal de alimentos. Descobrimos que, quanto maior a diversidade e a qualidade do nossos produtos, mais sucesso obteremos em vendas para alcançar nossos objetivos. É importante ter força de vontade e disposição e, acima de tudo, amar o que faz, pois esse é o principal ingrediente;, ensina André. O próximo passo é aumentar as parcerias com cafés e restaurantes. ;Daqui a um tempo, quem sabe, abrir uma lojinha ou um quiosque;, projeta Gabriela, entusiasmada. (CN)

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