A brasiliense Carina da Silva Ferreira, 41, foi morar nos Estados Unidos aos 11 anos de idade, onde permaneceu por 12 anos. Ao retornar ao Brasil, começou a dar aulas de inglês, atividade que exerceu por 10 anos. Há sete, engravidou e deixou de ser professora. As dificuldades fizeram com que ela sentisse a necessidade de voltar a trabalhar, para complementar a renda do marido. Carina, então, decidiu construir um negócio próprio.
;Eu sempre gostei muito de cozinhar e pensei em fazer bolos, mas quando comecei, não gostei muito. Passei a vender importados. Por algum tempo, deu certo, porém comecei a ter muita dor de cabeça com a falta de pagamento de alguns clientes. Acabei me endividando. Tive até que me desfazer do meu carro pra poder pagar as contas;, conta.
Carina se viu em uma sinuca de bico e precisava se reinventar. Resolveu aprender a fazer unhas, repetindo os passos da mãe, que exercia a profissão de manicure há 40 anos. ;Minha mãe me ensinou o ofício e comecei a atender. Se eu soubesse que ia gostar tanto, teria feito isso desde o começo;, lembra. Ela começou atendendo em domicílios, cerca de cinco clientes mensais. Hoje, em seu salão, conta com três colaboradoras atendendo a mais de 40 clientes fidelizadas por mês.
Há dois anos com o Studio Carina Ferreira, localizado na QNL 10 em Taguatinga Norte, a manicure explica que a maior dificuldade enfrentadas nesse período foi a especialização. Não tinha recursos para se qualificar e precisou da ajuda financeira da mãe.
;Hoje estou com a agenda superlotada. No início não foi fácil. Eu fui buscando as minhas clientes e depois, uma foi indicando para outra. Atualmente, a minha agenda está fechada e não tenho como atender mais ninguém, a não ser que haja alguma desistência;, comemora. ;Os próximos passos são abrir a minha empresa, seguindo a lei, e expandir;, revela.
No salão, Carina oferece spa dos pés, manicure e pedicure, esmaltação em gel, banho de gel e alongamento de unhas, de segunda a sábado a partir das 8h da manhã. ;Nesse período de festas de Natal e ano-novo, vou trabalhar até aos domingos para poder atender a todo mundo e fazer meu pé de meia para 2020;, diz, otimista.(CN)
Minha mãe me ensinou o ofício e comecei a atender. Se eu soubesse que ia gostar tanto, teria feito isso desde o começo;
Carina da Silva Ferreira, manicure