Economia

MRV deve comprar AHS

postado em 31/12/2019 04:05
A reformulação da proposta de compra da construtora norte-americana AHS Residential pela MRV agradou aos principais acionistas minoritários da companhia brasileira, que acenaram com o voto favorável à concretização do negócio na assembleia marcada para 31 de janeiro de 2020. Com isso, a efetivação da transação já é tida como certa.

A proposta original de aquisição da AHS foi anunciada em setembro. Desde então, a direção da MRV passou a ser alvo de questionamentos dos minoritários sobre um potencial conflito de interesses na operação, uma vez que o empresário Rubens Menin é o controlador das duas empresas. Menin tem 33% da MRV e é um dos homens mais ricos do Brasil, à frente também do banco Inter e da empresa de galpões Log Commercial Properties, ambos listados na bolsa. O nó foi desatado após três meses.

A proposta original de compra previa uma sequência de aportes da MRV na AHS, entre US$ 220 milhões e US$ 255 milhões, por uma fatia de 20% a 51% da empresa norte-americana. Nesse processo, a participação de Menin na AHS seria diluída de 90% para até 46%, mas ele permaneceria como controlador lá fora.

A nova proposta estabelece que a MRV fará uma emissão de 7,75% de ações a serem compradas por Menin e trocadas pela fatia de 90% na AHS. Isso causará uma diluição na mesma proporção aos minoritários da MRV, mas o empresário deixará de ser um acionista direto na AHS, afastando críticas sobre potencial conflito de interesses. Já o valor de avaliação da AHS permaneceu em US$ 186 milhões, o dobro do seu valor contábil.

Petrobras faz acordo para aquisição de gás
O acordo confirmado ontem pela Petrobras com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) estabelece as bases para renegociação das condições para aquisição de gás natural pela estatal brasileira. Em comunicado, a Petrobras afirmou que o acordo de transição prevê a mudança no direito que a empresa tem de requisitar 30,08 milhões de metros cúbicos diários (m;/dia), diminuindo esse volume para 20 milhões de m;/dia. Os termos preveem que a YPFB possa comercializar diretamente o excedente desse volume para outros agentes do mercado brasileiro. Este e outros aspectos comerciais devem ser redefinidos até o dia 10 de março, segundo a petroleira.

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