postado em 31/12/2019 04:05
Os principais desafios
de Bolsonaro em 2020
A XP Investimentos elaborou um relatório sobre os principais desafios do presidente Jair Bolsonaro em 2020. Eles não serão poucos. ;Se 2019 foi um ano que dependeu da política, 2020 será um período em que a política não pode atrapalhar;, diz o documento. Confira os destaques:
Continuidade da agenda liberal
;As pressões nesse caso vêm pelos dois lados, pelo bem ou pelo mal. Caso o sentimento seja o de que as coisas estão caminhando em velocidade e direção corretas, ele pode cair na tentação de achar que o que foi feito até aqui é suficiente. No caso oposto, se a economia tardar a responder, haverá parte do núcleo político pregando flexibilização das contas.;
Negociação com o Legislativo
;Bolsonaro precisa zerar o jogo com o Congresso ; ou seja, pagar pelo menos parte do que prometeu na incursão do governo no que chama de ;velha política;. O Congresso não tem vocação para fazer oposição. Pelo contrário: acertando os ponteiros, estará disposto a discutir a agenda governista ; da mesma maneira conturbada e instável como fez em 2019, é verdade, ou com uma resistência até maior.;
O papel do Centrão
;É também provável que, a partir de 2020, parte dos líderes de Centro volte a fazer o seguinte questionamento: é melhor manter o ritmo de aprovação das reformas e ajudar o atual governo a chegar a 2022 com a economia forte ou é mais vantajoso diminuir o ritmo para que o presidente Bolsonaro não tenha grandes chances de ser reeleito? É uma resposta que hoje nem os líderes do Centrão têm, mas que ainda terá suas consequências na rotina de votações do Congresso.;
Eleição municipal
;A possibilidade de Jair Bolsonaro chegar à disputa de 2020 sem o Aliança Pelo Brasil estar pronto para ir às urnas vai, de alguma maneira, dificultar a medição de força junto ao eleitorado. Fora do PSL, ele não poderá fazer campanha em nome do partido e apoiará candidatos pontuais ; o que pode, inclusive, ser visto como um trunfo para o presidente, já que as realidades municipais muitas vezes divergem dos temas que moldam a política nacional.;
Prisão em segunda instância
;A disputa municipal encurta o segundo semestre e começaremos o ano ainda tratando de prisão em segunda instância, o que tomará tempo dos parlamentares. Bolsonaro terá de lidar ainda com as sombras da investigação sobre o filho Flávio, que produzirão manchetes ao longo de 2020.;
R$ 6,6
milhões
Multa que o Ministério da Justiça e Segurança Pública brasileiro aplicou ao Facebook pelo compartilhamento indevido de dados de usuários
"O Brasil possui os ativos ambientais mais valiosos do mundo e pode se tornar líder global da chamada economia verde;
Sylvia Coutinho,
presidente do banco UBS no Brasil
RAPIDINHAS
; É curioso como os economistas das instituições financeiras costumam errar suas previsões. Em janeiro , o boletim Focus do Banco Central projetava que, no final do ano, a taxa Selic seria de 7%. Como se sabe, ela fechou 2019 em 4,5%, o que dá uma diferença nada desprezível de 2,5%. A divergência só reforça como é difícil fazer previsões sobre a economia brasileira.
; O Magazine Luiza irá trazer para o Brasil uma tradição do comércio dos Estados Unidos: as megaliquidações de janeiro. A partir do dia 3, mil lojas da Magalu vão abrir às 6h para oferecer descontos que, segundo a empresa, chegarão a 70%. No mercado americano, as liquidações de janeiro rivalizam com a Black Friday.
; A denúncia feita pela Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), que contesta os dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) sobre os resultados do Natal, é muito grave. Segundo a Alshop, as vendas cresceram 9,5%, mas a Ablos diz que a pesquisa ;é falsa; e que o desempenho foi muito inferior.
; Em todos os setores da economia, pesquisas são fundamentais para que as empresas possam entender o passado e projetar o futuro. Indicadores falsos são devastadores para a credibilidade de qualquer instituição. O caso está na Justiça e precisa ser investigado com responsabilidade.