Economia

Caixa manterá devolução de recursos ao governo para abater dívida com União

A estatal fará as transferências como forma de pagamento da dívida que tem com a União, de R$ 40,2 bilhões

Correio Braziliense
postado em 02/01/2020 15:26
Em 2019, a Caixa registrou lucro recorde. O resultado oficial será divulgado em fevereiroA Caixa Econômica Federal vai continuar devolvendo recursos ao Tesouro Nacional este ano. A estatal fará as transferências como forma de pagamento da dívida que tem com a União, de R$ 40,2 bilhões.

O dinheiro será usado pela equipe econômica para abatimento na dívida pública. No ano passado, foram pagos, até setembro, R$ 11,35 bilhões, constituídos em Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD).

O valor, contudo, ficou abaixo da meta, de R$ 20 bilhões. No entanto, o presidente da instituição financeira, Pedro Guimarães, bancou, nesta quinta-feira (2/12), a continuidade dos depósitos à medida em que os resultados trimestrais forem confirmando o crescimento do lucro. 

Lucro recorde

Em 2019, por exemplo, a Caixa registrou lucro recorde. O resultado oficial será divulgado em fevereiro. “Não posso colocar um número, até porque não fechou, mas será o maior lucro da história”, afirmou Guimarães no Palácio do Planalto, após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro.

Para 2020, as expectativas também são boas. Nos últimos seis meses, o banco contabiliza um acúmulo de mais de 1 milhão de clientes. O aumento do número de consumidores e a projeção de queda na inadimplência — em decorrência de ações estratégicas e da redução de juros pelo Banco Central (BC) e pela própria estatal  — criam espaço para manter o crescimento.

Saiba Mais

Com mais lucro, maiores são as possibilidades de o banco honrar o compromisso de quitar a dívida com o governo. “A gente vai ter o resultado que a gente devolveu R$ 11,35 até setembro de 2019. Ou seja, o resultado de setembro nós teremos mais espaço para poder devolver. A cada trimestre, a gente pode devolver mais um valor, porque vai tendo mais lucro”, sustentou Guimarães.

Ele ressalta, contudo, que o processo dependerá de regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “Essa discussão ela é toda matemática e depende dessa operação de mercado de capitais”, frisou. 

A expectativa do mandatário da estatal é que a definição das regras ocorra o mais rápido possível. “Só que são etapas que têm tanto a CVM, quanto a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), são todos órgãos reguladores. A gente está muito preparado para essas operações. (...) Agora, quando faz uma operação de mercado de capitais grande, como a gente tem, por exemplo, na operação de seguridade ou patrimônio líquido muito pequeno, então você tem um resultado financeiro muito grande dessa operação”, destacou. 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags