Economia

Petrobras diz que mantém política de preços da gasolina

Em nota, a estatal informa que, em função dos últimos acontecimentos ocorridos no Oriente Médio, segue com o processo de monitoramento do mercado internacional; tendência do mercado externo é de alta

A Petrobras informou na noite desta quinta-feira (3/1) que manterá a política de preços. Em nota, a estatal informa que, em função dos últimos acontecimentos ocorridos no Oriente Médio, segue com o processo de monitoramento do mercado internacional.

 

“A companhia ressalta que, de acordo com suas práticas de precificação vigentes, não há periodicidade pré-definida para a aplicação de reajustes. A empresa seguirá acompanhando o mercado e decidirá oportunamente sobre os próximos ajustes nos preços”, diz um trecho do documento.

 

Na prática, a tendência é de que, em breve, seja anunciado o aumento do preço da gasolina e do diesel tendo em vista a alta do preço do barril do petróleo no mercado externo (o barril do tipo brent subiu 3,64% cotado a US$ 68,66). Isso, somado à alta do dólar que subiu 0,74%, cotado a R$ 4,07.

 

A alta do custo do barril de petróleo atinge diretamente o Brasil. Desde 2017, a Petrobras adota uma política que repassa ao preço da gasolina e do diesel nas refinarias a variação da cotação internacional do petróleo e dólar. Ou seja, se o valor sobe no exterior, os combustíveis tendem, também, a subir no mercado interno. É uma forma da estatal de preservar os lucros sob a ótica da exportação e importação.

 

Para evitar a escalada dos preços, Bolsonaro convocou uma reunião na segunda-feira (6/1) com técnicos da Petrobras e da área econômica para discutir os impactos da alta do preço do barril de petróleo no mercado interno. Ele garante, contudo, que a reunião é apenas para discutir o diagnóstico sobre o cenário e eventuais medidas para mitigar os efeitos sobre os custos da gasolina e do óleo diesel, não havendo quaisquer relações com uma possível intervenção na política de preços da estatal.