Economia

Governo deve encaminhar reforma administrativa em fevereiro, diz Bolsonaro

A redação, garante o presidente, terá o equilíbrio entre a economia aos cofres públicos e a garantia de direitos aos servidores

Correio Braziliense
postado em 06/01/2020 11:14

Jair BolsonaroA reforma administrativa em elaboração pelo governo pode ser encaminhada ainda em fevereiro ao Congresso. É o que disse o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (6/1), na saída do Palácio da Alvorada. A redação, garante, terá o equilíbrio entre a economia aos cofres públicos e a garantia de direitos aos servidores. O objetivo do Executivo é pensar no social com responsabilidade.


O texto vai ser maturado em reunião entre Bolsonaro e ministros nas próximas semanas. Na sexta-feira (3/1), Bolsonaro disse que ocorreria em 19 de janeiro, um domingo. Nesta segunda, disse que o texto pode sair em fevereiro, próximo ao carnaval, que começa no dia 24. “Acho que, em fevereiro, a gente encaminha. É o que sempre digo, né. As visões minhas, de vocês, diferem de alguma coisa, entre a minha e da economia diferem. Eles (equipe econômica) têm os números, nós temos a política, temos o social, tem o ser humano. A gente busca uma conta de chegada e trabalhar a informação”, ponderou.

A matéria proposta pelo governo deve prever o direito adquirido não apenas de servidores já ativos, como os que também estão para ser nomeados. Foi o que sugeriu Bolsonaro. “Se fala muito em não ter uma estabilidade para quem incorporar o serviço público a partir de agora. A gente não pode apresentar um projeto neste sentido porque muita gente vai dizer que está quebrando a estabilidade de 12 milhões de servidores. A gente não quer esse impacto negativo na sociedade, né, que seria mais um fake news, uma mentira, mas que pode ter reflexos negativos para o Brasil como um todo”, destacou.

O presidente sinalizou, entretanto, que a ideia é tirar a estabilidade dos servidores que vierem a ser nomeados depois de aprovada a reforma administrativa. “Quem está aí, quem tá, não mexe em nada. Dos novos, pode alterar”, sustentou. A reunião com os ministros vai dizer muito do que o governo pretende com a reforma. “Vamos discutir esse assunto novamente, vamos dar um polimento nela (reforma). Nós queremos uma reforma administrativa que não cause nada de abrupto na sociedade. Não dá para a gente consertar uma calça velha com remendo de aço”, disse na sexta-feira. 

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